A direção do Banco do Brasil, que persiste em manter diversos bolsonaristas na direção da empresa, continuam com a política de perseguir os trabalhadores do setor da Plataforma de Suporte Operacional (PSO), onde estão lotados os caixas executivos e funcionários de tesouraria da empresa. Após baixar uma norma em que criminaliza os Caixa Executivos com diferença acima de 5 mil reais nos seus guichês de caixa (medida que gerou uma revolta generalizada dos trabalhadores) e da tentativa de eliminação da função de caixa executivo (manobra que foi impedida até o momento por força de liminar impetrada pela Contraf/CUT), o banco ameaça com o fim da gratificação aos escriturários que a recebem para trabalhar como caixa.
“São diversas as demandas das funcionárias e funcionários das PSOs colocadas na mesa, como o pedido para que o banco mantenha a gratificação aos escriturários que a recebem para trabalhar como caixa”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa maior preocupação sobre a manutenção de gratificação tem relação com a manutenção dos salários desses funcionários. Atualmente, a gratificação está mantida por força de liminar concedida pela Justiça a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O banco precisa reconhecer esse direito aos caixas” (sítio Contraf/CUT 22/06/2023).
A direção do Banco do Brasil vem, sistematicamente, persistindo em manter uma política cujo objetivo é de atacar os funcionários lotados no PSO. Adotam a mesma política dos banqueiros privados, que estão numa ofensiva frenética de eliminar postos de trabalho, fechamento de agências, etc., o que vem ocasionando demissão em massa de trabalhadores e o aumento da superexploração daqueles que permanecem na empresa e que hoje, executam o serviço de três ou mais funcionários, além, é claro, do assédio moral importo pelos chefetes de plantão, a mando dos banqueiros, uma situação que tem levado a categoria ao adoecimento por motivos laborais.
Não é possível que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que vem adotando uma política voltada aos trabalhadores, tenha à frente do Banco do Brasil direitistas de dar inveja aos bolsonaristas. É uma contradição muito aguda, que precisa ter fim.
Para isso, as organizações de luta dos trabalhadores bancários, os seus sindicatos, devem, imediatamente, organizar uma gigantesca mobilização de toda a categoria contra essa medida. Se a moda pega, as demais instituições financeiras fatalmente seguirão o exemplo.