Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores na última quarta-feira (7), o governo brasileiro se colocou à disposição para “colaborar” com as investigações sobre o rompimento de uma barragem Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia.
Kiev e Moscou se acusaram mutuamente. Vladimir Zelensky, cada vez mais isolado e tentando, de maneira desesperada, conquistar o apoio do Brasil, solicitou que o governo Lula apoiasse uma investigação sobre o caso. No entanto, de maneira acertada, o governo optou por solicitar uma investigação independente e manter a sua posição de neutralidade em relação ao conflito.
“O rompimento da barragem demonstra, uma vez mais, o trágico e duradouro impacto da guerra para as populações civis, e também a urgência da busca do entendimento entre as partes com vistas à cessação das hostilidades”, disse o comunicado emitido pelo Itamaraty.
A nota também afirma que o governo brasileiro “está disposto a colaborar, inclusive com as organizações internacionais competentes, para a mitigação das consequências do incidente”.
O pedido de uma investigação independente segue coerentemente a política nacionalista de Lula, que se revela com maior clareza no terreno da política internacional, já tendo se negado a enviar armas para Ucrânia; a assinar declarações na ONU condenando a Rússia e a Nicarágua; posicionando-se a favor da investigação da sabotagem feita contra o Nord Stream; defendendo uma nova investigação sobre os atentados de bandeira falsa que o imperialismo promoveu na Síria para justificar a guerra contra o país do oriente médio; fortalecendo os BRICS, aproximando-se da Rússia e da China, defendendo a desdolarização da economia mundial; recebendo Maduro no Brasil, e se recusando a encampar a propaganda imperialista contra a Venezuela.
Eis, portanto, mais um ocorrido que comprova que o presidente Lula não é um serviçal do imperialismo, mas, pelo contrário, busca tornar o Brasil independente das potências imperialistas.