Pelé, durante adolescência, jogou nos dois times: Ameriquinha e Bauru Atlético Clube – BAC, mais conhecido como “Baquinho”, equipe infantojuvenil aos 13 anos, no ano de 1954. Pelé era o caçula da equipe, mas ajudou a conquistar campeonatos infantojuvenis. Foi no Baquinho que o Pelé começou a jogar profissionalmente. O BAC foi fundado em 1919 inicialmente como Lusitana Futebol Clube. As cores da brasão do time eram azul e branca. Em 1946, no aniversário de 50 anos de Bauru, alterou para Bauru Atlético Clube, mais conhecido como BAC. Na década de 40, Dondinho, pai do Pelé, entrou no time do BAC, formando a famosa “Esquadrão da Primavera” que marcou a época, com repercussão internacional. Pelé também tornaria ídolo do BAC como seu pai. No mesmo ano em que entrou, no campeonato da Liga Baruense a equipe disputou 33 partidas e marcou 148 gols, levando a taça. Infelizmente na década de 70 o BAC deixou o futebol, sendo a sua última participação num campeonato foi a Terceira Divisão Paulista de 1968. Já o Baquinho, divisão infantojuvenil do BAC, se desfez em 1955, mas os membros do time criaram uma equipe de futebol de salão intitulado Radium. Tanto no Baquinho como no Radium o Pelé destacou com os números impressionantes, o que levou por fim ao Santos Futebol Clube. O que aconteceu depois é de conhecimento de todos.
Durante o curto período em que ficou no Baquinho, de 1954 a 1955, conquistou campeonatos infantojuvenis. Com Pelé, o time do Bauru era muito superior tecnicamente, chegando a ganhar por 21 a 0. Pelé chamava muito a atenção desde novo, e muitos espectadores iam ao estádio atraídos em ver o Pelé jogar.
Mas o futebol não é o esporte de um jogador só. Seu sucesso é o resultado de união de força entre os jogadores. E quem eram os parceiros da equipe que o Pelé jogou na juventude, antes de entrar no Santos FC? Foram eles: Osmar, Grillo, Paçoca, Zoel, Aniel, Esquerdinha, Maninho, Miro, Leleco e Pérsio. Nenhum deles seguiram a carreira esportiva, e seguiram em carreira que não tem nada a ver com o esporte: engenheiro, advogado, dono de bar, administrador, delegado, engenheiro eletricista, bancário, funcionário público e representante comercial. Na reportagem de 1989 para a Revista Placar, a jornalista Kátia Perin ganhou o Prêmio Esso de Informação Esportiva de 1989 pelo artigo que escreveu sobre o destino dos primeiros companheiros de Pelé. Na época alguns deles eram falecidos. Uma história chama a atenção: a um deles, Pelé perguntou se tinha alguém da turma com dificuldade financeira. Ao saber da condição dificultada do antigo companheiro, Pelé o ajudou. A imprensa sempre gostou de divulgar imagem negativa do Rei Pelé, e saber que ele foi uma pessoa sensível e solicita nos enche de orgulho ainda mais saudades do nosso eterno rei.
A Revista Placar de edição de 1989 pode ser acessada no link abaixo: