Os reacionários banqueiros do banco Itaú/Unibanco acabam de demitir mais uma leva de trabalhadores. Desta vez o motivo teria sido uma suposta utilização indevida do pedido de reembolso de consultas e procedimentos no plano de saúde.
As 80 demissões, recém realizadas, se somam às milhares outras que aconteceram ao longo do ano de 2022 e às centenas que vêm acontecendo já neste ano.
O Itaú fechou, apenas no ano passado, 247 agências bancárias em todo o País e, segundo a esfarrapada desculpa para as milhares de demissões e o fechamento dessa enxurrada de postos de atendimento, é a famigerada “reestruturação” que o banco está promovendo.
É claro que se deve desconfiar desses bancários que acabaram de ser jogados na rua por apenas ferir o “código de ética” do banco. Fica claro que se trata de uma jogada para implementar a prática tradicional dos banqueiros em demitir funcionários mais velhos, com salários um pouco melhor, para contratar novos funcionários com salários menores.
Esse é mais um golpe dos patrões em relação às demissões. Os banqueiros parasitas da economia nacional estão sempre articulando uma fórmula para prejudicar os trabalhadores, cujo objetivo é um só: aumentar cada vez mais os seus lucros.
Diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma pauta fundamental para a categoria bancários no próximo período. Uma das principais bandeiras a serem levantadas pelos bancários.
Para que uma verdadeira campanha salarial seja consequente, é preciso superar um dos principais obstáculos para a luta da categoria: as intermináveis negociações com os banqueiros que, na maioria dos casos, entram com a corda e os trabalhadores com o pescoço. É necessário organizar a resposta para os banqueiros e, a única voz que eles escutam é a de mobilizações nas ruas. Para isso organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas e de greve em todas as dependências etc.
Para barrar os atuais e futuros ataques através do terror do desemprego, depende diretamente da capacidade dos bancários se unirem (bancos públicos e privados) efetivamente num movimento único. Claro que existem particularidades dentro da categoria, inclusive de um banco privado para outro. Entretanto, há particularidades comuns que une a todos, como, por exemplo, a questão da reivindicação em relação à estabilidade no emprego.
Para isso é necessário exigir o cumprimento da jornada de trabalho de 6 horas, dentre outras. Nesse sentido, somente uma forte organização de base da categoria conseguirá impulsionar tal campanha.