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Jornada de lutas

Atos contra o juros começam em São Bernardo (CUT)

A primeira de muitas mobilizações contra o Banco Central bolsonarista começou na última sexta feira, organizada pelos metalúrgicos de São Bernardo

A luta contra a política neoliberal do Banco Central subiu de nível no último dia 16. Na cidade de São Bernardo do Campo, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou uma grande manifestação de rua pela queda dos juros e contra a “independência” do Banco Central. O ato teve a presença de importantes figuras da esquerda como o próprio presidente da CUT, Sergio Nobre, e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e foi a primeira de várias atividades em uma jornada de lutas convocada pela CUT e pelo PT. É um acerto político que deve ser aderido por todos os setores combativos da esquerda que querem libertar o Brasil do domínio dos banqueiros.

A crise do Banco Central é uma das maiores do governo Lula. O seu atual presidente Roberto Campos Neto foi indicado por Bolsonaro, mais especificamente por Paulo Guedes, e é, portanto, uma das figuras mais neoliberais do governo. Sua política de manter os juros em 13,75% e de sabotagem econômica do governo é uma política abertamente golpista para enfraquecer o governo do PT. A crise já se abriu a meses com diversas declarações de Lula acerca do assunto e algumas mobilizações de rua, inclusive de caráter nacional, contra a presidência bolsonarista do BC. Contudo, no dia 16, essa luta ganhou outra escala.

O que antes haviam sido pequenos atos com alguns representantes da esquerda em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo agora se tornou um ato relativamente grande organizado pelo sindicato e com ampla participação da base da categoria. O movimento ainda pode crescer muito, mas essa manifestação foi um importante impulso. Vale lembrar que em 2022. a campanha eleitoral de Lula no segundo turno também começou dessa forma, em São Bernardo do Campo, uma das principais bases da CUT e do PT, e de lá se lançou para uma mobilização nacional que garantiu a vitória de Lula. Sem a presença do próprio presidente não é tão provável que se repetirá da mesma forma, mas é um avanço real na mobilização dos trabalhadores.

O presidente da CUT, Sergio Nobre, afirmou em seu discurso: “Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic. Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país e ele está fazendo o contrário”. A reivindicação não é total, deveria ser pela derruba imediata de Campos Neto e indicação de um novo presidente por Lula, contudo a primeira frase é mais importante. Não sair das ruas até a vitória, e esse tipo de política que será necessária para todas as conquistas, pequenas ou grandes, durante o governo Lula.

A vice-presidenta da CUT, Juvendia Moreira, também participou do ato e lembrou: “Na eleição de 2022 ele foi votar com a camiseta do Bolsonaro. Ele diz que o Banco Central é independente, que não atua politicamente, entretanto a atuação da entidade em manter a Selic elevadíssima prejudica a política econômica do governo Lula, boicota as ações necessárias para o país voltar a crescer”. Reafirmando o caráter político da campanha contra uma sabotagem bolsonarista ao governo Lula em um dos principais órgãos do Estado, mais importante até do que alguns ministérios. É uma das principais quintas colunas atuando no governo.

A CUT ainda está convocando mais um dia de mobilização para 20 de junho, foi divulgado em seu sítio que “os movimentos populares realizarão protestos em todo país: em frente às sedes do BC, onde houver, e em locais de grande circulação, nas cidades onde não há sedes do BC.”. É preciso ampliar as convocações para além da CUT e fortalecer os atos que acontecerão na próxima terça-feira. As manifestações que aconteceram em março devem ser ofuscadas pela nova onda de mobilizações que se iniciaram na última semana.

Veja como foi a manifestação por meio deste link.

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