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Fora intervenção imperialista!

PCO-RJ vai às ruas pelo fim do Banco Central independente

O imperialismo americano tenta impedir o desenvolvimento brasileiro dominando seus bancos e sua economia, o objetivo é usar o dinheiro do país para benefício do imperialismo

Ato no Rio de Janeiro, neste 21 de março, com caminhada e manifestação realizada da Igreja da Candelária até o prédio do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas – aproximadamente 1 km – foi bem-sucedida de acordo com regional do PCO do Rio de Janeiro, apesar de ter sido uma manifestação um tanto esvaziada pela atual política identitária da esquerda pequeno-burguesa.

Foi um ato com um número maior de manifestantes que os anteriores, porém, a política de manter diálogo com a burguesia para permissão dos atos acaba sendo um entrave. Havia dentre os participantes aqueles com a ideia de fazer um ato pacífico, e sem levantar as palavras de ordem, justamente o que empolga e fortalece a esquerda. Não se ouviu o famoso “Olê, olê, olê, olá… Lula, Lula”, exceto da harmonia estridente da bateria Zumbi dos Palmares, do PCO; que, diga-se de passagem, era a única bateria presente.

No dia 8 de março, dia Internacional da Mulher Trabalhadora, havia inúmeras baterias, a ponto de quase não sobrar espaço para todos tocarem. No ato deste dia 21, treze dias depois, só restou a bateria do PCO, apesar de que a redução de juros interessa a todos os setores da sociedade. Esses juros altíssimos e a ‘independência’ do Banco Central servem apenas para os banqueiros que parasitam o orçamento público.

As direções desses atos deveriam convocar também o movimento das mulheres, pois esse setor da esquerda está muito preso ao identitarismo, que tem se preocupado apenas em dividir a luta com reivindicações muito parciais. Sob a desculpa de lutar pelos direitos trans, por exemplo, as reivindicações das mulheres vão ficando para segundo plano, quando, na verdade, deveriam se somar. O imperialismo agradece, uma vez que é ele que difundiu o identitarismo na esquerda.

O PCO foi impedido de falar nos carros de som, e nem mesmo foi convidado para as reuniões para a convocação dos atos, apesar de insistir em participar, o que mostra que está falta democracia. Essa posição sectária dos organizadores, impediu que o ato fosse maior. E, não se sabe o porquê só tinha um carro de som, e dominado pela UJS do PCdoB. A AJR, do PCO, foi censurada. 

A AJR tentou se inscrever para falar no momento dos discursos políticos, mas além de receber uma enfática negativa da UJS, um de seus militantes deu um empurrão no companheiro da AJR, e houve um princípio de tumulto. Como se não bastasse, seguindo orientação da PM, a UJS encerrou a atividade no carro de som mais cedo para não ficar evidente que estava censurando o PCO. A direita estava presente no ato, sim, representada pela PM, que para cada militante do PCO e da FIST, havia de três a quatro policiais, demonstrando o que já se sabe: que quem se manifesta contra a burguesia e é da classe trabalhadora, é considerado bandido.

Ficou nítido que a pauta dos organizadores do ato, a CTB e a UJS, era “não citar o presidente Lula”, pois em nenhum momento se ouviu o seu nome ao microfone. Apenas a continuidade de uma política que já vinham praticando desde 2021, quanto tentaram transformar os atos pelo “Fora, Bolsonaro”, em uma espécie de palanque para a terceira via. Esse mesmo setor, que tentou impedir que manifestantes levassem faixas escritas “Lula Presidente”, só aderiram à campanha presidencial por puro oportunismo, pois sentiram que a candidatura de Lula era realmente forte.

Apesar de muitas bandeiras da CUT, não distribuíram panfletos e havia poucas pessoas com a camisa da Central. O ato foi convocado pela CUT e deveria ter um carro de som próprio, além de trazer manifestantes para colocar peso na manifestação, pois a localização e horário do ato eram favoráveis à presença de grande contingente.

A participação da FIST foi marcante, várias bandeiras e faixas presentes além de muitos manifestantes e houve uma fala de uma liderança do movimento no início do ato, na Candelárias, chamando os manifestantes a seguirem em direção ao Banco Central e intimando à retirada do atual presidente do Banco de sua posição de sabotador na economia brasileira, no atual governo Lula.

O PCO foi uma das principais forças do ato, o Partido mais organizado com mais materiais e mais presença. formou um bloco vermelho com os companheiros da FIST e do Comitê de Mobilização Popular Centro Zona Sul. 

É preciso ampliar a mobilização, a convocação do 21 de março foi pequena diante do potencial.A CUT deve atender ao chamado do presidente Lula e levar um grande número de manifestantes às manifestações. O PCO foi um dos que mais mobilizou, fez a campanha com o jornal, foi na atividade que teve na última semana no Clube dos Engenheiros com figuras do PT como Gleisi Hoffmann e convocou os presentes para o ato. Para se ter uma ideia, essa atividade, em ambiente fechado, foi maior que o ato do dia 21 em número de pessoas.

O presidente Lula encontra uma ferrenha oposição da direita, pois qualquer desenvolvimento ouucesso da economia brasileira na atual conjuntura representa o enfraquecimento do imperialismo, que não quer um governo de esquerda à frente da política no Brasil. Essa questão da tutela do Banco Central fora das mãos do governo brasileiro foi uma medida adotada no governo anterior para o caso do sucessor ser um político de esquerda, o que era muito plausível, dada a polarização da política brasileira

A burguesia financeira, internacional e nacional, controla o Brasil retirando mais da metade do orçamento da União, com o pagamento de juros de dívida pública altamente questionáveis. Somente um governo de esquerda pode resolver essa agiotagem dos banqueiros contra o Brasil, pois vai precisar de mobilização popular. Lula está em um confronto aberto com os banqueiros, e portanto, contra o imperialismo, quando se coloca contra a política de juros altos do Banco Central, que, como declarado pelo atual presidente do BC, visa colocar o país em recessão.

A classe trabalhadora tem que pressionar o governo Lula indo às ruas exigindo a retirada de Campos Neto da presidência do Banco Central. Bem como todo representante da burguesia. O Banco Central tem que seguir a política econômica que for adotada pelo presidente eleito. O Banco Central não pode ser independente da política do governo brasileiro. Tem que ser um instrumento para desenvolvimento do país, não um gerador de lucro para a burguesia imperialista neoliberal.

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