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Gabriel Araújo

Dirigente Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Editor da Tribuna do Movimento e do Boletim do Movimento. Militante do Partido dos Trabalhadores e colunista do Voz Operária-Rio de Janeiro.

Marxismo

Aspectos do socialismo científico: em defesa do método!

Defender o método marxista consiste em defender a compreensão da vida em seus aspectos transitórios

sse breve texto não se pretende a aprofundar em características específicas e nem adentrar âmbitos mais generalizados da questão agrária e seu processo de lutas de classes. Aqui me proponho, com muita cautela e de forma rápida, a ponderar sobre a pertinência do método científico do materialismo histórico-dialético para iniciar uma reflexão sobre a dimensão da questão agrária no conjunto da vida humana.

Ao nos propor o exame da realidade concreta por meio da mediação teórico-metodológica do marxismo-leninismo, as escalas geográficas, portanto, as escalas que permeiam a vida humana, em nossa temporalidade, ganham tonalidades, esquivando-se da mera descrição, e permitindo uma tentativa de aproximação da compreensão do concreto e de suas particularidades, possibilitando por meio das cores compreender as distintas tonalidades que marcam os movimentos materiais no espaço e no território.

Refletir sobre a questão agrária contemporaneamente, sobre os circuitos e escalas de acumulação de capital, da divisão territorial e social do trabalho, nesse sentido, é um exercício de refletir a movimentação de diversificadas tonalidades, que hora ou outra, se tornam mais explicitas ou ficam mais nas entranhas, que podem se misturar e se separar, e até mesmo desaparecer e dificultar o encontro de seus vestígios, demandando dos observadores maior dedicação e prudência na caracterização daquilo que se pretende apreender.

A questão da prudência é de bastante relevância para essa situação, para adquirir maturidade ao compreender parcialmente os limites que as circunstância que nos permeiam, nos impõem (limitações físicas, financeiras, intelectuais, etc.). Colocando os pés no chão e reconhecendo que não se pode “abraçar o mundo”, que não se pode ser arbitrário no processo de análise científica da realidade concreta. Isso significa por um lado entender nossas limitações enquanto seres humanos e por outro em reconhecer que os objetos analisados, por configurarem um processo de movimentação da matéria em constante mutação, não podem ser compreendidos fora da esfera aproximativa. Tal questão é válida, inclusive, para os próprios processos de produção da vida, que estamos inseridos, em nossas particularidades, em nossos territórios, e ainda mais em outros locais que não estamos inseridos. Essa é uma questão material que perpassa também pelas dimensões materiais éticas e morais, daqueles que se propõem a, de forma científica, se aventurar no processo de investigação da realidade.

Outra importantíssima tarefa para concretizar de forma exitosa essa experiência, é de entender a questão do acúmulo científico da humanidade e como absorver as pertinentes contribuições que existem, mesmo aquelas que não partem do princípio teórico-metodológico marxista, com respeito aos divergentes e reconhecendo a magnitude da capacidade de atuação dos adversário (não subestimando-os).

Compreender a necessidade de passar por essa situação, relacionada a questão da humildade e da maturidade para fazer esse processo de investigação científica, é o pontapé inicial para iniciar essa aproximação do real, humanizando essa atividade científica, dando um pequeno, mas significativo, passo, e “jogando no contrapé” (como se diz no futebol) da perspectiva apologética (da chamada ciência burguesa) capitalista de separação dos seres humanos da natureza.

Por isso, em defesa do método!

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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