Após o Benjamin Netanyahu e o Estado de Israel passarem semanas fazendo intensa propaganda de que iriam realizar incursão militar terrestre na Faixa de Gaza “no dia seguinte”, tentando provocar terror nos palestinos, sem, contudo, nunca realizarem o prometido, finalmente deram início de vez às operações terrestres, o que se deu no último dia 27.
Anteriormente, o IDF (forças armadas israelenses) havia feito incursões terrestres os dias 13, 25 e 26 de outubro, em meio à propaganda sionista em torno da “segunda fase” do genocídio perpetrado por Israel, que estava sendo preparada pelos bombardeios incessantes de Gaza, os quais já tolheram a vida de quase 9 mil palestinos.
Após semanas de propaganda e preparação, Israel deu início à ofensiva, na última sexta (27).
Como não poderia deixar de ser, a propaganda continua a todo vapor. Por exemplo, Israel divulgou um vídeo montagem com a imagem de tanques, combinada com um suposto áudio do que seria a ordem para a invasão de Gaza.
Outra peça de propaganda que corre nas redes é uma imagem de uma bandeira de Israel hasteada nas ruínas de uma casa de praia no vilarejo de As Siafa, no extremo norte de Gaza. A bandeira teria sido hasteada por dois soldados sionistas.
Israel alega que as incursões terrestres já resultaram na morte de dezenas de “terroristas”. O que, conhecendo a propaganda sionista, poderiam ser tanto membros da resistência palestina, palestinos civis, ou mesmo ninguém.
Mostrando a covardia dos sionistas, há vídeo circulando as redes sociais mostrando um tanque israelense alvejando veículo civil palestino:
É claro, não há apenas propaganda.
Semanas de bombardeio incessantes, uma política de tipo genocida, de tipo nazista, serviu para facilitar a incursão de tropas sionistas em Gaza, de forma que muitos já se encontra no enclave.
Mas a resistência palestina mostra que, se Israel conseguir uma vitória militar, não será nada fácil.
As Brigadas Al-Qassam, braço armado de um dos partidos que lideraram a ação revolucionária do dia 7, o Hamas, divulgou nas redes um vídeo do combate sendo travado com as tropas invasoras israelenses:
Segundo Abu Ubeyde, porta voz das brigadas, os mujahideen destruíram 22 veículos militares israelenses até o momento. Segundo ele “Gaza será um cemitério para o inimigo e para a sua liderança política e militar […] e a guerra em Gaza será o fim político de Israel”.
Deve-se lembrar que o Hamas, e é claro, a resistência palestina, conta com uma vasta rede de tuneis, construído sob as estruturas de Gaza, a cerca de 20 metros de profundidade. Semelhante aos tuneis utilizados pelos vietnamitas durante a guerra do Vietnã, e que foi um dos terrores das tropas imperialistas norte-americanas.
Contudo, ao contrário dos túneis vietnamitas, os palestinos possuem melhor estrutura, são de alvenaria. Ademais disto, o Hamas divulgou que possui suprimentos para que a resistência se mantenha nos túneis por cerca de quatro meses.
A questão é, será que Israel conseguirá prologar a guerra por tanto tempo? A resistência palestina já sobreviveu a inúmeros testes do tempo, afinal, vem resistindo, por meio de diversas organizações de luta, há quase um século contra o sionismo. O que são mais alguns meses ou mesmo um ano?
E a ofensiva terrestre, aparentemente, não está sendo um rolo compressor para cima dos palestinos, apesar de toda propaganda e de todo o bombardeio prévio.
Assim, é necessário que todas as organizações populares sigam apoiando a luta dos palestinos contra os invasores sionistas, pelo fim do Estado de Israel. Mas não apenas mantendo o apoio. A luta deve ser cada vez mais expandida. De forma que o fortalecimento do apoio dos trabalhadores de todo o mundo ao povo palestino torne insustentável ao sionismo a manutenção de sua guerra genocida, e os palestinos saiam, enfim, vitoriosos.
