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Fora imperialismo da Venezuela

As organizações que defendem “os direitos humanos” na Venezuela

Organizações imperialistas acusam o governo venezuelano daquilo que elas mesmas praticam

bandeira venezuela

Na última semana, o presidente venezuelano Nicolás Maduro veio ao Brasil, sendo o gancho perfeito que a imprensa burguesa queria para criticar o presidente Lula. Ao contrário do que os capachos do imperialismo norte-americano queriam, Lula recebeu o líder venezuelano de braços abertos, retomando a parceria que os dois países costumavam ter até o golpe de Estado, e denunciou os Estados Unidos pelas mais de 900 sanções que são aplicadas no país de Maduro.

As sanções, que são aplicadas sob pretextos supostamente humanitários ou democráticos, são as principais responsáveis por estrangular o país latino-americano, sufocando não o Maduro, não o governo, mas a população, crianças e mulheres, tornando a vida de cada trabalhador mais difícil. Contra o governo, no entanto, tentaram aplicar 9 golpes de Estado, como nas violentas manifestações de 2014, financiadas pelos Estados Unidos, ou na tentativa de violação do próprio território do pequeno país.

Em 2014, quando houve uma manifestação oposicionista na Venezuela, muitos acusaram o governo do país de reprimir a população, mas três coisas devem ser esclarecidas: quem são os “muitos”, do que acusaram e o que realmente aconteceu.

Essas manifestações visavam, de forma direta, preparar as condições para um golpe de Estado, com o apoio dos Estados Unidos. Seu decorrer foi extremamente violento desde o começo, tendo os primeiros registros de violência acontecido em fevereiro. Residências foram atacadas, diretórios do PSUV depredados, prédios associados à missão bolivariana, que contém inclusive diversas ações sociais implementadas pelo regime chavista, foram atacados, tendo ainda na primeira metade do mês tido um oficial da Guarda Nacional Bolivariana ferido por um tiro por um manifestante.

Outro exemplo da “pacificidade” dos protestantes, advindos da oposição financiada pelo imperialismo para não aceitar a eleição de Maduro, é o fato de terem ateado fogo em cães vadios com gasolina, como mostram os documentos das associações defensoras dos animais venezuelanas, além de terem chegado a incendiar viva uma pessoa. Como se não bastasse, há relatos e fotos da presença de militares colombianos em protestos opositores. Vale ressaltar que a Colômbia é o quintal do imperialismo na América Latina.

Em resposta a violência dos opositores, o governo Maduro reprimiu as manifestações, em casos mais extremos também com o uso de certa violência (sem incendiar pessoas ou outros absurdos do tipo), e isso foi utilizado como pretexto para que os países imperialistas levassem à diante um embargo comercial e financeiro duríssimo contra a Venezuela, somando atualmente mais de 900 sanções. Quando trazemos à tona que 80% do consumo da Venezuela é obtido com o dinheiro proveniente da exportação, vemos o quão criminosas são as sanções em cima da Venezuela, além delas terem diminuído o PIB do país em 65%.

As supostas “violações contra os direitos humanos” que acontecem por parte do governo Maduro, por sua vez, possuem como base os seguintes grupos: a ONU, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e organizações não governamentais, como a Human Rights Watch, que de “não governamentais” não possuem nada, pois são direta e estritamente relacionadas à CIA; ao governo dos Estados Unidos.

Um exemplo da idoneidade dessas organizações é ver que a Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile e uma rata total e completa do imperialismo, é Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos. A mesma ONU, que critica duramente o governo Maduro, fecha os olhos para o Massacre de Odessa, promovido por células nazistas na Ucrânia, que incendiaram um sindicato com trabalhadores dentro, matando mais de 40 pessoas e ferindo outras 250. A mesma ONU que fecha os olhos para o massacre de palestinos, alvos de um verdadeiro genocídio cometido pelo Estado terrorista de Israel com o patrocínio e apoio político dos Estados Unidos. A mesma ONU que aponta o dedo para a Nicarágua, Cuba e Venezuela e se recusou por 30 anos a falar algo sobre o bloqueio econômico à Cuba – sendo que, quando fala, não passa de uma demagogia, pois é uma entidade relacionada aos Estados Unidos e que fala, no máximo, que o bloqueio deveria acabar, sem cobrar medidas.

Outra organização idônea para acusar a Venezuela de violar os direitos humanos é a OEA, que apoia toda e qualquer ação imperialista na Amazônia por parte dos Estados Unidos, seus patrões, que viole a soberania nacional dos países. Foi a OEA que em 2019 deu um golpe eleitoral em Evo Morales, possibilitando o golpe militar dos Estados Unidos posteriormente. Acertada foi a decisão de Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, que colocou a OEA para fora de seu país, apoiado por Cuba, e do presidente López Obrador, que mesmo não declarando guerra aberta contra a organização, como fez Ortega, falou publicamente da necessidade de se acabar com a OEA.

As ONGs, no entanto, não precisa muito mais ser dito do que: são ONGs financiadas pelo governo dos Estados Unidos, como a Human Rights Watch. O imperialismo não financiaria uma ONG para defender a democracia de um país, se não para defender seus próprios interesses dentro daquele território.

Organizações que patrocinam golpes de estado, se calam perante genocídios de toda uma população étnica e seguem a cartilha imperialista na íntegra não possuem a mínima idoneidade ou credibilidade para denunciar ações de um governo latino-americano, sem provas, fechando os olhos para a realidade dos países denunciados. Como diria o ditado popular, quem contrata a banda escolhe a música. Se a banda é contratada pelo imperialismo, dificilmente a música será tocada contra os seus interesses.

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