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Segundo Delator

Arma que matou Marielle não veio de CACs, mas da própria PM

A ideia seria mais seguro desarmar o povo e armar a polícia não se comprova nem pela lógica, nem pela realidade

Os defensores do desarmamento podem não saber, mas, ao dizer que o povo não tem o direito de se armar, estão dizendo que só a polícia e as Forças Armadas poderiam estar armadas. Ou seja, estão reforçando o poder da polícia, maior máquina de guerra contra a população pobre.

O presidente Lula e o ministro da Justiça, Flávio Dino, expressaram claramente essa política ao dizer que só que deve ter armas é a polícia. Uma política errada e perigosa contra o povo.

Segundo os defensores dessa ideia, se as armas são legalizadas, então o crime terá armas. Um raciocínio que não resiste sequer à lógica. É como se o bandido, ou seja, um fora da lei, precisasse da lei para ter uma arma.

Mas deixando de lado a lógica, entremos na realidade. Em sua delação premiada, o ex-policial militar, Élcio Queiroz, afirmou que a submetralhadora usada por Ronnie Lessa, suspeito do crime, para matar Marielle Franco teria sido desviada do quartel do Bope da PM do Rio de Janeiro.

Para os que estão muito fora da realidade, esse não seria um caso único e raro. Há inúmeros casos que aparecem no noticiário sobre o desvio de armas da polícia e das Forças Armadas.

Realmente, como podemos ver, é muito confiável deixar o armamento exclusivamente nas mãos da polícia.

Realmente, como podemos ver, foi a legalização das armas para CACs, atiradores esportivos ou colecionadores o que fez com que os assassinos de Marielle tivessem acesso à arma.

O caso, prova o exato oposto do que defendem os desarmamentistas: é mais seguro desarmar a polícia e dar o direito do povo se armar. Talvez até Marielle pudesse ter se defendido, quem sabe?

É preciso estabelecer de uma vez por todas que a violência no Brasil é obra, em primeiro lugar, da própria polícia. Ela é uma máquina feita para massacrar o povo. Por isso, é preciso acabar com todas as polícias. A esquerda reformista e mesmo a que se diz revolucionária aderiu ao vocabulário burguês da “segurança pública” como se a meras medidas administrativas do Estado burguês resolvessem o problema.

Se há uma política para a “segurança pública”, a primeira medida deve ser a extinção de todas as polícias, militar, federal, civil, guardas metropolitanas etc. Essa é uma parafernália criada para massacrar a população. Em seu lugar, o povo organizado coletivamente, com o direito ao armamento.

Falar em armar a polícia e desarmar o povo é uma medida antidemocrática. É dar para o Estado o poder total contra o cidadão.

E como fica claro no relato do delator do caso Marielle, é mais seguro mesmo que as armas não fiquem com a polícia.

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