Na quarta-feira (18), um dia depois de bombardear um hospital e matar mais de 500 pessoas de uma só vez, Israel teve a coragem de reclamar que a Organização das Nações Unidas (ONU) não condena o Hamas.
Gilad Erdan, embaixador israelense na ONU, acusou o Conselho de Segurança da organização de “seguir o roteiro do Hamas” ao não condenar o grupo.
“Você não entende que apenas ao realizar esta sessão com seu foco, o conselho está mostrando ao Hamas que eles podem enganar a todos de novo e de novo e de novo?” Erdan perguntou durante uma sessão de emergência do conselho, convocada após a explosão mortal no Hospital Árabe al-Ahli, em Gaza.
“Reitero, até agora este conselho nem sequer condenou o Hamas pela atrocidade perpetrada”, disse ele, referindo-se ao ataque de 7 de outubro, “e muito menos responsabilizou totalmente o Hamas pela situação em Gaza. Mas aqui estamos discutindo corredores humanitários.”
“Você deveria se desculpar”, disse ele, acusando o conselho de preconceito “anti-Israel”.
A declaração de Erdan mostra como Israel não hesita nem mesmo por um mísero segundo em massacrar o povo palestino. Finalmente, querem cobrar de um órgão um posicionamento contra um grupo que está tentando libertar a Palestina da ocupação nazista israelense que, diariamente, ceifa a vida de centenas de palestinos.