Apoio irrestrito ao Estado de Israel, dispensado pelos EUA e União Europeia, começa a preocupar o bloco imperialista, que teme pelas consequências que podem se seguir nos países atrasados, em articular na América do Sul. Mesmo com a propaganda de guerra dos monopólios da imprensa capitalista, recheada de mentiras, calúnias e difamação contra o Hamas e os palestinos, torna-se cada vez mais evidente para milhões de pessoas no mundo que o Estado de Israel opera um regime de terror e apartheid contra a população palestina, uma das ditaduras mais terríveis que o mundo já conheceu e agora usa a reação do oprimido para angariar apoio para levar adiante a limpeza étnica começada em 1947, quando da criação desse estado. É um genocídio que está em marcha.
O fato é revelador. As organizações internacionais são serviçais do imperialismo que apoia o genocídio. Inertes e silenciosas diante dos incontáveis crimes de guerra cometidos por Israel contra os palestinos. O direito internacional foi completamente pisoteado por Israel diante de toda a comunidade internacional. Uma total desmoralização. Um analista do jornal imperialista The Financial Times afirmou que “diplomatas ocidentais estão caminhando numa corda bamba impossível com Israel”. Segundo o articulista, EUA e União Europeia precisam conciliar o apoio total ao Estado de Israel, se desvencilhar das consequências da ação de Israel, que causaram e tem causado grande aversão nos países atrasados.
A presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esteve em Israel no último sábado (14), momento que Israel intimava 1 milhão de palestinos a deixar o norte de Gaza, dentre outros crimes de guerra como o bloqueio total da região estabelecido pelo regime de Tel Aviv. A situação causa desconforto, uma vez que o massacre está em curso com o apoio declarado do imperialismo, os resultados serão difíceis de esconder.
Os apelos para a moderação na ofensiva são inócuos, o regime terrorista de Israel já deu declarações que suas ações vão no sentido de ataque total à população civil, como, aliás, é tradição do terrorismo do Estado sionista. O presidente de Israel, Isaac Herzog, chegou a declarar para a britânica IT:
É uma nação inteira que é responsável. Não é verdade esta retórica sobre civis não conscientes, não envolvidos. Eles poderiam ter-se levantado, poderiam ter lutado contra aquele regime maligno que tomou Gaza num golpe de Estado. Mas estamos em guerra, estamos defendendo as nossas casas, estamos protegendo as nossas casas, essa é a verdade e quando uma nação protege a sua casa, ela luta e nós lutaremos até quebrar a sua espinha dorsal.
Por óbvio, a preocupação do imperialismo não se dirige ao bem-estar do povo palestino, mas à repercussão internacional do massacre e a completa desmoralização dos organismos internacionais e mesmo o aumento do nível de animosidade de países atrasados contra Israel e seus apoiadores. Sem dúvida esse acontecimento eleva a temperatura da luta de classes no mundo e é uma lição importante para os oprimidos e a direita e a extrema-direita, que o liberalismo de hoje e o fascismo são duas faces da mesma moedas, isto é, do imperialismo e as instituições e o direito internacional nada mais são que o desejo dos opressores contra os interesses dos oprimidos.
O imperialismo tem a situação exposta sem fantasia, uma vez que a internet permite furar a propaganda de guerra do imperialismo em favor de Israel e demonizando os palestino e suas instituições legítimas, como o Hamas, possa colocar, mais gasolina na fogueira da luta dos países atrasados contra o imperialismo.
