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34ª Conferência Nacional

Antônio Carlos faz um balanço do 1º dia de Conferência Nacional

É esta a avaliação do companheiro Antônio Carlos sobre a 34ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária

Nesse sábado (08), teve início a 34ª Conferência Nacional do Partido Causa Operária. Tendo por objetivo estabelecer as formas pelas quais o Partido possa intervir corretamente na situação política atual, no sentido de impulsionar uma mobilização de massas da classe trabalhadora, a conferência contou com a presença do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), que compôs a mesa com Antônio Carlos, membro da Direção Nacional do Partido.

Antônio Carlos foi entrevista pelo Diário Causa Operária (DCO) após o encerramento das atividades. Ao ser questionado a respeito de suas impressões sobre o primeiro dia da conferência, Toninho, como é mais conhecido, disse que o evento ocorre em um momento muito importante de crescimento partidário. Fez questão de frisar o caráter democrático do PCO que, ao contrário da esquerda, que nem mesmo faz conferências e, quando faz, é por meio da Internet, reúne militantes de todo o País aos quais foi permitida a livre intervenção durante a reunião.

Confira a entrevista abaixo:

DCO: Quais são as suas impressões desse primeiro dia de trigésima quarta conferência?

Antônio Carlos: A conferência acontece num momento muito importante de crescimento, tanto da nossa influência partidária, da política que vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos, como também em um crescimento significativo do ponto de vista organizativo e de aproximação de novos companheiros.

Então, nesse sentido, tem muita gente que participa pela primeira vez do encontro, que é bem marcante. Muito jovens companheiros, índios, operários que ingressaram no partido no último período.

Isto reafirma a diferença do PCO para a maioria dos partidos. O PCO é um partido democrático. Estamos na 34º Conferência Nacional. E o primeiro dia, que foi dedicado ao balanço da situação política, mostrou o interesse da militância por discutir o que foi apresentado no informe, que foi feito inclusive com transmissão pública, o informe político apresentado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO. Mostrou um interesse do pessoal de participar, de discutir também os problemas e dificuldades que o partido enfrenta nesse momento de crescimento, no sentido de ser alvo de ataques, de todo tipo de ataque, inclusive por parte da direita e de setores da esquerda que vêm demarcando aí nos últimos anos uma posição bastante direitista. Mas isso inclusive reafirma, confirma a importância do partido no cenário político diante do agravamento da crise política de conjunto que foi analisada aqui.

A tendência de aprofundamento dessa crise política no cenário internacional e também no cenário interno, onde o governo Lula nesses seis meses enfrentou, conforme analisado, uma enorme dificuldade pelo bloqueio político que sofre em razão da diferença do governo atual em relação aos governos anteriores, nos quais havia um acordo político com a burguesia; nesse momento não só não há esse acordo, como a burguesia realiza um cerco. E o nosso partido tem demonstrado a importância de termos clareza dessa situação e de termos uma política para se colocar contra os ataques da direita ao governo Lula, mas, ao mesmo tempo, apontar uma perspectiva de mobilização pelas reivindicações dos trabalhadores.

DCO: Em relação à situação política: essa é apenas mais uma conferência do partido ou justamente por conta de todo esse balanço, ela adquire um papel mais importante, um papel mais decisivo na organização do partido no combate a essa crise, na atuação dentro dessa crise?

Antônio Carlos: Esse tipo de evento partidário, que é muito importante, que alimenta, que reabastece politicamente a militância, unifica o partido, o qual atua de maneira centralizada, diferentemente de outros partidos, que em cada canto existe uma política diferente ou sequer existe uma orientação única. Ou quando ela se impõe, ela se impõe de maneira autoritária, antidemocrática. A direção não respeita, não ouve a base, não respeita a posição da base. A base, por sua vez, em razão dessa politica, desconsidera a direção.

No PCO, esse debate ele é muito rico. Ele é importante porque estabelece e fortalece a unificação política do Partido. E, desse ponto de vista, nós estamos numa etapa de compreensão que está surgindo aqui nessa conferência, que está se firmando, uma compreensão de que nós vamos para uma etapa de um enorme enfrentamento, que tende à polarização. A crise política em todo mundo e no nosso País não é diferente, embora muita gente tenha a ilusão no sentido contrário. Nesse sentido, a conferência arma a militância para essa etapa de avaliação que o Partido tem nesse momento. Nós vamos desenvolver isso amanhã, no balanço das atividades.

Assim, a conferência vai continuar sendo, como já vem ocorrendo nesse momento, uma etapa de crescimento, de fortalecimento político do Partido. O desenvolvimento da situação política tem mostrado a apreciação que o Partido fez ao longo do golpe em torno da eleição do Lula, da luta contra a direita. Muitas vezes a gente nem gostaria de acertar tanto, porque certos aspectos que se confirmam na situação política são muito graves.

Porém, quando só o PCO previu o golpe ou de maneira mais clara e lúcida, o partido gostaria que estivesse errado e não tivesse o golpe, que a direita fosse derrotada. E nós lutamos para que isso efetivamente acontecesse. Então, também na situação política presente, a gente acha que essa ilusão que existe, de que a coisa vá caminhar para um entendimento com setores da direita, isso não vai se materializar.

Nós vamos para uma etapa de maior radicalização e de polarização política de ataque do imperialismo, da direita contra o governo Lula, contra os povos oprimidos de uma maneira geral no nosso País. E, nesse sentido, acho que a conferência tem uma importância especial para armar o Partido mais consciente da situação política, que atua como uma vanguarda no interior do movimento operário, numa etapa, num momento muito importante, em que há muita confusão, em que há uma perspectiva de enfrentamento, mas que muitos setores não se preparam para esse enfrentamento, não procuram se armar com um programa, com uma perspectiva política independente.

Nesse sentido, acho que a conferência pode ser um marco para impulsionar um salto que já está ocorrendo, que já vem se desenvolvendo no crescimento partidário e na intervenção no próximo período, nas lutas da classe trabalhadora. As deliberações que foram adotadas na III Conferência Nacional dos Comitês de Luta servem para fortalecer a construção de um polo combativo, classista na luta dos trabalhadores. Acho que a 34ª Conferência Nacional do PCO vai, com certeza, impulsionar essa perspectiva de luta.

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