Após relatos de mortes em centros de detenção militar, a Anistia Internacional exigiu uma investigação urgente sobre o desaparecimento forçado de palestinos na Faixa de Gaza, que foram levados para Israel. A guerra na região teve início em 7 de outubro e já resultou em mais de 20 mil mortes.
A organização pró-imperialista estima que centenas de pessoas estão detidas em centros no sul de Israel após serem capturadas em operações militares. Heba Morayef, diretora regional da Anistia para o Oriente Médio e Norte da África, declarou que as forças israelenses precisam divulgar urgentemente o destino e paradeiro de todos os detidos desde 7 de outubro.
A Anistia Internacional afirma que o “tratamento desumano e desaparecimento forçado” dos palestinos deve ser investigado o mais rápido possível. Na última terça-feira (19), as Forças de Defesa de Israel (FDI) foram questionadas sobre o assunto, e afirmaram que as mortes estão sendo investigadas. No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre a localização dos desaparecidos e quantos morreram nas instalações israelenses.
O jornal Haaretz divulgou um relatório que revela que os prisioneiros teriam morrido na base militar de Sde Teiman, próxima à cidade de Bersebá. Conforme a publicação, os detidos nesse local ficam “vendados e algemados durante a maior parte do dia, e as luzes permanecem acesas nas instalações durante toda a noite”.
O destino dos palestinos detidos por Israel tornou-se uma preocupação maior na última semana, especialmente após a imprensa do país mostrar dezenas de civis sentados nus em uma rua de Gaza sob custódia militar. Há suspeitas de que as imagens, que também flagraram pessoas vendadas com as mãos amarradas, foram divulgadas por um membro do Exército.