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Fim da polícia!

Análise Política da Semana – PM: o esquadrão da morte.

As chacinas da polícia são o principal tema discutido na Análise do companheiro Rui Costa Pimenta

Na tarde de sábado (5), Rui Costa Pimenta realizou sua tradicional Análise Política da Semana, abordando toda a conjuntura política e econômica dos principais acontecimentos dos últimos dias, tanto nos palcos nacionais, quanto internacionais.

Rebelião nos países africanos

Conforme geralmente acontece, o companheiro Rui iniciou sua análise pela política internacional, abordando o recente golpe de estado no Níger e os motivos que tal golpe preocupa o imperialismo. “O golpe no Níger provocou uma crise internacional porque gerou uma preocupação de que o movimento se expanda pela região”.

O movimento é militar, “o que não deve causar nenhum tipo de estranheza”, como pontuou Rui, “porque os militares acabam constituindo uma espécie de partido nacionalista em vários países onde a burguesia não é forte. O nacionalismo militar não é nenhuma surpresa e deve ser visto do ponto de vista de classes.”

Ao notar o silenciamento da esquerda sobre o tema, tira-se a conclusão de que esse silêncio se dá por mero formalismo, pois a esquerda precisa aparentar como “democrática” e, neste caso, há uma concepção de que seria feio apoiar tal golpe.

“Os países africanos em sua maioria não são democráticos – não têm desenvolvimento econômico o suficiente para que a burguesia desenvolva um sistema democrático. O sistema democrático é uma criação das burguesias dos países, não é uma criação divina ou sobrenatural.”

É válido destacar que foi apenas com a derrota dos Estados Unidos no Afeganistão, para o Talibã, que se tornou possível que tantos outros países oprimidos se levantassem contra o imperialismo.

Chacina da polícia

“Embora a lei não abrigue isso, existe no Brasil a pena de morte e quem decide quando ela é aplicada são os comandantes das polícias militares.”

Em sua fala, o presidente nacional do PCO evidencia que não há democracia quando policiais têm o livre direito de assassinar pessoas nas ruas sem que haja algum tipo de punição ou mecanismo que vise evitar tais chacinas. Os assassinatos não são acidentais ou por acaso, mas institucionais.

A polícia, que ceifou 50 vidas na Bahia, no Rio e em São Paulo na última semana, age como um poder no Brasil, possuindo inclusive diversas mortes com caráter político: pessoas que lutam pelas terras, índios e tantos outros trabalhadores que atrapalham seus interesses e os interesses da burguesia.

Sobre a repercussão na população, o companheiro Rui pontua a contradição da direita e da esquerda atualmente. Enquanto a direita, com razão, questiona o autoritarismo de Alexandre de Moraes, vira às costas para aqueles que têm seus direitos liquidados na periferia e morrem sem nem entrar nas estatísticas. Assim como não existem leis que criminalizem a opinião, não existem leis que permitem com que a polícia entre e mate “bandidos”. “Não pode matar gente honesta, não pode matar gente desonesta, não pode matar gente rica, não pode matar gente pobre”.

“Se as pessoas querem que o estado de direito vigore, os direitos das pessoas têm que ser respeitadas.”

Em compensação, à esquerda, muito criticam, novamente com razão, a postura do governador bolsonarista de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que aplaude e endossa a chacina cometida pelos policiais da ROTA. O problema se dá na compreensão de que quem provoca isso é o bolsonarismo e não o sistema como ele é. Na Bahia, por exemplo, onde o governo é do PT, a polícia também matou e executou, mas a esquerda, que não se levanta contra a raíz do problema, apenas critica quando é em estados governados pelos bolsonaristas.

“Tem uns espertinhos que tentam falar que só aconteceu o que aconteceu por causa do Tarcísio, mas não é verdade. Quando era o PSDB, acontecia a mesma coisa. Quando era o PMDB, acontecia a mesma coisa. É o regime político brasileiro. O problema não é o discurso de ódio, mas a violência prática que mata o povo brasileiro na rua. Você tem que atacar o problema pela raiz: o massacre permanente da população pobre do Brasil e os absurdos dos presídios brasileiros. Se você não atacar aí, você é um charlatão político.”

Censura ao Monark

Por fim, a Análise aborda a questão da censura ao comunicador Monark, que, como interpreta o companheiro Rui, deve abandonar a ideia de fazer programas de comunicação na internet, pois o ministro Alexandre de Moraes deseja não apenas calá-lo, mas removê-lo da vida pública.

“Um pessoal fala que isso não é censura, mas eu tendo a concordar. Censura é muito mais leve do que isso. Isso é uma espécie de totalitarismo; é uma loucura. Dizem o seguinte: ‘mas ele desobedeceu a ordem judicial’. A ordem judicial anterior já era uma barbaridade, não é porque o juiz disse que está certo. A esquerda acha que isso é o caminho para derrotar o fascismo, o que é uma farsa gigantesca. É ridículo. É lamentável.”

A Análise Política da Semana vai ao ar todos os sábados, às 13 horas, na Causa Operária TV.

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