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Gabão e Líbia

Ali Bongo e sua participação no assassinato de Gaddafi

Presidente gabonês deposto serviu como um agente dos Estados Unidos na África e ajudou Obama a assassinar Muammar Gaddafi

Não é novidade que a família Bongo, que comandou Gabão por 60 anos, teve apoio do imperialismo não só francês, mas norte-americano. Tanto é que, em 2016, uma matéria produzida pela revista Foreign Policy referiu-se ao então presidente Ali Bongo como Obama’s man in Africa que, traduzindo para o português, significa “O homem de Obama na África”. Denominação sintomática da relação estabelecida com os norte-americanos.

Ali Bongo Ondimba, ex-presidente do Gabão, ficou no poder por 14 anos. Além de entregar as riquezas naturais do país ao imperialismo, produzindo mais e mais pobreza àquele país, ajudou na intervenção dos EUA na Líbia.

Com assento temporário no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSONU), Gabão e outros países contribuíram com o jogo sujo do governo Obama. No caso do governo gabonês, foi explícita a sua participação, votando a favor de duas resoluções do CSONU que impunham sanções a Gaddafi. O objetivo era estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Ali Bongo, o Homem de Obama, foi o primeiro líder africano a pedir a derrubada do nacionalista líbio Muammar al-Gaddafi, sem contar com o fato de ter influenciado outros líderes africanos a golpear o governante da Líbia.

“Enquanto os outros países do CSONU foram mais reservados, o Gabão abriu o caminho e ajudou a administração a obter o voto africano para as resoluções de intervenção na Líbia”, disse J. Peter Pham, diretor do Centro Africano no Conselho Atlântico, outra organização importante do imperialismo.

De um lado, Ali Bongo, governante títere do Gabão, isto é, um verdadeiro e fiel aliado dos EUA, e, de outro, Gaddafi, líder anti-imperialista da Líbia cujo governo procurou desenvolver ao máximo o país e a região. Como é possível observar, trata-se de duas figuras políticas bem distintas.

O mesmo artigo citado anteriormente reproduz uma fala de Eric Benjaminson, embaixador norte-americano no Gabão entre 2010 e 2013, que afirmou:

“Eles [funcionários do governo Bongo] conheciam Gaddafi e conheciam muito bem o seu chefe de gabinete, e estávamos tentando trabalhar através dos gaboneses para conseguir que Gaddafi renunciasse sem ação militar.”

Apesar de isso não ter funcionado, Benjaminson reforça a importância do Gabão durante a intervenção imperialista na Líbia. De acordo com o diplomata, Bongo ofereceu a Obama quantidades impressionantes de informação sobre conversas reservadas que ele teve com outros líderes africanos. Ou seja, era, na prática, um espião norte-americano governando um dos países mais importantes da África.

Depois de muitos anos de Gaddafi no poder, ameaçando construir uma unidade africana, os EUA e a OTAN bombardearam a Líbia e mataram Gaddafi. Semelhante ao que ocorrera com Saddam Hussein, ele foi humilhado e assassinado em seu próprio país, com a ajuda “indireta” da ONU, que autorizou o bombardeio.

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