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Vice-presidente golpista

Alckmin aproveita afastamento de Lula para defender dólar a R$5

Nesta sesta-feira, dia 6 de outubro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender cambio de US$1 acima de R$5

Nesta sexta-feira, 6 de outubro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender câmbio com US$1 acima de R$ 5.

Quando o gato sai de casa, os ratos fazem a festa

Durante o afastamento do presidente Lula para convalescença cirúrgica, Alckmin prestou entrevista à Rádio BandNews FM, afirmando uma política econômica no mínimo controversa no governo, a valorização do Dólar na balança cambial.

Alckmin teria afirmado que: “A maioria dos países tem moeda mais desvalorizada, juros baixos e rigor fiscal. O que não se pode ter é grande oscilação, se a moeda ficar estável, se ele não tiver grandes solavancos, nem para cima nem para baixo, um câmbio a R$ 5 reais, R$ 4,90, R$ 4,80 é um câmbio competitivo, ninguém pode reclamar”.

Defendendo abertamente um dos instrumentos de dominação imperialista, a desvalorização cambial contraria qualquer política pretensamente nacionalista. Um dos aspectos mais nefastos dessa política se dá no desencadeamento do setor produtivo no país desfavorecido, principalmente nos setores que dependem da importação de insumos e acabam por ocasionar elevação inflacionária à população.

Justificativa para quem?

Como bom representante da burguesia, contrário aos interesses da classe trabalhadora, Alckmin cinicamente tenta justificar essa política econômica desfavorável à população brasileira de forma desrespeitosa com a própria.

“Tanto é que estamos tendo recorde de exportação e de balança comercial. A balança comercial pode bater mais de US$ 90 bilhões de saldo este ano e a exportação, mesmo com queda do preço de commodities, está se mantendo crescente. É só não variar”, afirma Alckmin.

Entre os dez produtos mais exportados pelo Brasil nos últimos anos temos apenas matérias-primas, commodities. Nesse ranking não há nenhum produto da Indústria de Transformação. Os 10 produtos mais exportados pelo Brasil em 2020 foram:

1 – Soja

2 – Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos

3 – Minério de ferro e seus concentrados

4 – Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos

5 – Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada

6 – Celulose

7 – Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas

8 – Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais

9 – Produtos para a Indústria da Transformação

10 – Açúcares e melaços

Essa balança comercial louvada por Alckmin não desenvolve em nada nossa indústria e, consequentemente, nossa economia. A política defendida por Alckmin favorece apenas os capitalistas que exploram a produção dessas commodities no Brasil e as empresas imperialistas que recebem matéria-prima barata.

Reincidente

Não é a primeira vez que Alckmin defende esse posicionamento. Na quinta-feira, dia 5 de outubro, Alckmin teria se colocado no 42° Encontro Nacional de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro.

“É preciso agir na causa dos problemas: ter uma agenda de competitividade, de produtividade, para a gente recuperar um crescimento econômico mais forte e sustentável. O câmbio está bom, está em torno de R$ 5, R$ 5,10. É um câmbio competitivo”, afirmou Alckmin.

O vice-presidente e ministro ainda teria colocado que: “A indústria está super tributada e o modelo de IVA vai desonerar completamente os investimentos e desonerar completamente a exportação”. Externando uma reivindicação antiga dos capitalistas, presente inclusive na Agenda Internacional da Indústria 2020, como prioridades da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Uma versão mais tímida desse posicionamento em relação ao câmbio com o Dólar já tinha sido externada por Alckmin em 25 de maio, no Dia da Indústria, em discurso durante o 5.º Fórum Paulista de Desenvolvimento: “Hoje, o câmbio de R$ 5 o dólar é o câmbio competitivo, câmbio bom, não pode ter grandes oscilações”.

A declaração de Alckmin revela mais uma engrenagem de pressão contra o governo Lula toda a população brasileira. Esses acontecimentos, somados à série de derrotas do governo Lula no Congresso, apontam haver uma tendência da burguesia de se contrapor ainda mais ao governo enquanto tenta desgastar seu apoio popular.

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