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Agente imperialista Etchegoyen quer desestabilizar o governo Lula

O general afirmou que Lula foi um covarde ao falar que não confia em parte das Forças Armadas

etchegoyen

Há poucos dias, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não confia em parte das Forças Armadas. Por esse motivo, o general Sérgio Etchegoyen afirmou, no último dia 17, que a fala do presidente é de profunda covardia e que não contribui para unificar o País.

Passado o triste episódio do dia 8, o presidente Lula, comandante supremo das Forças Armadas, dá uma declaração clara à imprensa de que não confia nas Forças Armadas. Como é que se pacifica o País a partir daí? Como é que se pacificam as Forças Armadas, que são uma instituição de Estado com a qual os governos do PT conviveram por 16 anos?”, afirmou o general em entrevista ao programa gaúcho Pampa Debates.

O presidente da República (…) sabe desde já que nenhum general vai convocar uma coletiva para responder à ofensa. Então isso é um ato de profunda covardia, porque ele sabe que ninguém vai responder. Ele sabe que ninguém vai contestar o que ele está dizendo. Ou seja, é a velha técnica de procurar culpados”, finalizou Etchegoyen.

Lula ainda afirmou que as Forças Armadas “não são poder moderador como pensam que são” e que Bolsonaro teria poluído a instituição.

Etchegoyen é um homem do imperialismo e nenhuma flor que se cheire pelo governo Lula. Suas críticas demonstram um claro descontentamento da burguesia com o comportamento de Lula perante aos militares, mostrando que esse não irão simplesmente aceitar qualquer medida do governo, como já era de se esperar.

Eu não vivi nenhum momento no Exército parecido com isso que a gente está vivendo agora. Não vivi nenhum momento desse nem no governo Temer, com o que aconteceu, a violência na Praça dos Três Poderes, a invasão da Praça dos Três Poderes, eu nunca tinha visto esse grau de radicalismo e divisão da sociedade brasileira”, afirmou o general.

Foi a primeira vez que um presidente decidiu ficar sob proteção da polícia federal em vez dos militares, algo que o GSI, órgão que foi chefiado pelo general durante o governo Temer, é responsável por fazer, o que aumentou a hostilidade do presidente com Etchegoyen.

Essas afirmações possuem o objetivo de atacar o governo Lula, o colocando como culpado da radicalização e da invasão do dia 8 de janeiro pelos bolsonaristas. A “divisão” da sociedade brasileira, ou seja, a polarização, não é de interesse da burguesia, uma vez que faz com que a população seja mais difícil de controlar.

Em 2017 destacou-se a visita de Etchegoyen aos Estados Unidos, onde realizou uma reunião com a CIA, expondo as intenções do governo de Temer na época e sua principal chave de ação em conjunto com o imperialismo. É sabido que a direita tem fortes ligações com os Estados Unidos, sobretudo a direita tradicional, e, portanto, o papel do general ficou claro.

Também fica evidente que o general tem diversas ligações com o imperialismo, não só pela ida e pelo apoio aos governos Temer e Bolsonaro, mas também por sua linhagem. Seu pai, Leo Guedes Etchegoyen, “Foi assessor do presidente Emílio Garrastazu Médici e chefe do Estado-Maior do II Exército de agosto de 1979 a julho de 1981. Assumiu a chefia do Estado-Maior do III Exército em agosto de 1982. Seu nome consta no Relatório Final da CNV como militar responsável por violações de direitos humanos durante a ditadura militar, o que gerou processos jurídicos da família contra a União”, de acordo com o sítio Memorial da Resistência de São Paulo.

Já seu avô, Alcides Etchegoyen, assumiu o controle da polícia do Distrito Federal em 1942. No mesmo período também cedeu o controle das atividades de contraespionagem à Embaixada dos EUA no Brasil e 10 anos mais tarde, em 1952, defendeu o acordo militar entre os dois países e se opôs ao general Newton Estilac Leal, que defendia o monopólio estatal do petróleo, nas eleições para o Clube Militar.

O avô de Etchegoyen também apoiou, em agosto de 1954, a renúncia de Getúlio Vargas à presidência, o qual acabou se suicidando poucos dias depois. Em 1955, o militar também participou da tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart, acabando preso pelo ministro da Guerra na época, Henrique Teixeira Lott.

Há anos diversas provas de que agentes do imperialismo atuam no Brasil aparecem em todo lugar, inclusive na imprensa burguesa. Muitas ações já foram encobridas com o pretexto de investigação do tráfico de drogas, com a agência estadunidense de combate ao tráfico de drogas (DEA) pagando operações da PF, inclusive a delegados, que também recebiam dinheiro da Embaixada dos EUA para as operações.

O general Sérgio Etchegoyen é um desses agentes. Sua família sempre esteve nesse ramo e suas ações não são diferentes. Ele está no bolso do imperialismo e traz a tona suas opiniões, sendo um elemento o qual o governo Lula precisa ficar de olhos abertos.

O general não trabalha pelo bem do governo e muito menos pelo bem da população. Ele irá fazer o que bem entender ser a política do imperialismo, tentando desestabilizar o governo Lula e tentando fazer com que o presidente siga o caminho do imperialismo, sobretudo quando se trata dos militares. Não se pode dar ouvidos a tubarões como ele.

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