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Marcelo Marcelino

Membro Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) nacional, sociólogo, economista e cientista político, pesquisador do Núcleo de Estudos Paranaenses – análise sociológica das famílias históricas da classe dominante do Brasil e membro do Partido da Causa Operária – Curitiba.

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Agências de risco como uma farsa a serviço do imperialismo

"As denominadas agências de rating ou análise de risco de empresas e de países periféricos, desde sempre serviram como braço estratégico do imperialismo"

As denominadas agências de rating ou análise de risco de empresas e de países periféricos, desde sempre serviram como braço estratégico do imperialismo; só que agora na fase do capitalismo financeiro ultraliberal. Essas agências são uma farsa em termos de qualquer análise econômica e financeira minimamente séria, já que o mais importante são os recados políticos que elas propagam aos rentistas, bancos e os políticos governamentais e de oposição. Essas agências sinalizam ao tal “mercado” que o governo deve ser mais coagido ou não, de acordo com as tratativas em curso para a devida correção de rotas numa conciliação possível com os governos. A outra opção seria lançar uma nota favorável a um determinado país como estratégia de aproximação, mesmo que esse não esteja fazendo a tal “lição de casa” na conduta da economia. 

Governos com legitimidade popular, mesmo diante de uma intensa polarização política devem ser observados com bastante atenção, para não saírem do controle do sistema global de dominação econômica e política. Os meios de comunicação de desinformação de massa comandados pelas organizações Globo utilizam da estratégia de valorização dessas agências de risco como sendo dotadas de legitimidade, 100% confiáveis e ainda capacitadas para oferecerem consultorias para empresas, bancos e nações; em especial, em atrasados ou periféricos. Leia-se: pertencentes aos organismos multilaterais do imperialismo que visam coagir os países dependentes a praticarem as suas políticas econômicas de acordo com os ditames da ordem global ultraliberal, principalmente diante da crise estrutural do imperialismo.

Nessa semana, os monopólios capitalistas de comunicação resolveram introjetar mais uma vez a “ideologia” da importância das agências de risco para a avaliação de crédito de empresas e da própria “saúde” financeira do Brasil no governo Lula. De acordo com o portal economic news Brasil recentemente essas agências de avaliação de risco de crédito melhoraram a nota do Brasil no que diz respeito esse quesito. Segue um trecho da matéria do portal https://economicnewsbrasil.com.br/2023/06/16/aagencia-sp-global-altera-perspectiva-de-rating-para-positiva-para-empresas-e-bancos-brasileiros/ que contribui para nossa crítica ácida revolucionária: “A S&P Global, uma das principais agências de classificação de risco, anunciou a alteração da perspectiva de rating para positiva para diversas empresas brasileiras. Essa mudança afeta empresas cujos ratings são diretamente ou indiretamente limitados pelo rating soberano do Brasil.

A perspectiva positiva reflete a possibilidade de elevação dos ratings dessas empresas na eventualidade de uma melhoria no rating soberano do Brasil, segundo a S&P. A agência esclarece que o rating do Brasil funciona como um limite para muitas empresas, já que um default governamental poderia gerar estresse no crédito dessas entidades”. No caso; o que está sendo denominado de rating soberano, não passa de uma nomenclatura; que significa justamente o contrário; uma total ausência de soberania. Nessa avaliação positiva se encontram diversas empresas estatais brasileiras e mesmo os próprios bancos, que batem a cada ano, recordes de lucros em detrimento da esmagadora pobreza da população brasileira. 

Os bancos brasileiros estão entre os mais rentáveis do mundo, os rentistas nacionais e estrangeiros se encontram em posições muito privilegiadas em relação ao povo e a outros agiotas internacionais e a dilapidação do patrimônio público com a entrega das empresas estratégicas nacionais seguem a cartilha de imposições do FMI, do banco BIS de Basiléia e das “recomendações” dessas mesmas agências de risco que exigem uma taxa de juros exorbitante para destruir a economia nacional e expropriar o povo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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