Diante da histeria da esquerda pequeno-burguesa e da imprensa golpista, após o ato bolsonarista em Brasília, no qual grupos de extrema-direita invadiram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, poderes não eleitos pelo povo como Ministros do Supremo, juízes e o aparato repressivo do País têm ganhado apoio e força para agirem da forma que bem entenderem, de forma arbitrária e totalmente fora da Constituição.
Esse tipo de absurdo tem dado aval para o que há de pior nas instituições brasileiras: encarcerar, afastar políticos eleitos de seus cargos, multar e até mesmo censurar aqueles que vão contra os seus interesses. Setores da esquerda, à reboque da imprensa burguesa, repetem jargões como: punir, prender, multar, exonerar, afastar do cargo, tudo em nome de um suposto combate ao “terrorismo e ao golpismo”.
O fato acorrido no Distrito Federal nesse domingo (8) levou Alexandre de Moraes, um ministro do STF, a simplesmente afastar o governador eleito, Ibaneis Rocha, de suas atribuições por três meses. As medidas foram tomadas após pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do diretor-geral da Polícia Federal (PF). Ou seja, um pedido de três pessoas jogou no lixo, por 90 dias (pelo menos inicialmente), o voto de 800 mil eleitores.
Acima de qualquer coisa, a decisão de Moraes representa ainda mais uma extrapolação de suas atribuições constitucionais, algo que não cabe ao tribunal de exceção que se tornou o STF. Essa situação já aconteceu em outras oportunidades. Alexandre de Moraes determinou, em dezembro do ano passado, o afastamento imediato do prefeito de Tapurah (MT), Carlos Alberto Capeletti, por incentivar a ida de caminhoneiros a Brasília “com a inequívoca intenção de subverter a ordem democrática”.
O que assistimos no Brasil de hoje é que o STF tomou para si as decisões mais escabrosas e contrárias aos direitos do povo brasileiro. O papel de juízes, que deveria ser apenas de colocar em prática o que está escrito na Constituição Federal de 1988, passou a ser o de interpretar e até mesmo criar leis para fins de todos os tipos e formas, sempre de acordo com o seus próprios interesses.
Imagine um cidadão comum se tornar inimigo de um ministro do Supremo sendo que ele mesmo decide qual medida deve ser adotada contra tal cidadão. Ele mesmo irá julgar e ele mesmo sentenciará sua pena. É um verdadeiro absurdo, uma ditadura completa. A esquerda, sem princípio politico nenhum, entra nessa barca e elogia atitudes como essa que mais cedo ou mais tarde se voltarão contra ela mesma e os movimentos sociais.
Por outro lado, a mesma manifestação bolsonarista levou à prisão de centenas de pessoas por decisão do próprio Moraes., chamados de “terroristas” pela esquerda pequeno-burguesa que repete os ditames dos monopólios de comunicação.Abre-se um verdadeiro estado de exceção no País, no qual se manifestar pode ser um perigo real, com prisão e condenações totalmente absurdas.