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Pedro Burlamaqui

Militante do Partido da Causa Operária (PCO) e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Editor e colunista do Diário Causa Operária. Estudante de Física na Universidade de Brasília (UnB)

Marie-Madeleine Mborantsuo

Adeus, megera! O fim do reinado da Torre de Pisa

Golpe no Gabão pôs fim ao reinado de Marie-Madeleine Mborantsuo, colocada no poder por Omar Bongo em 1991

O golpe no Gabão, apesar de só ter completado 10 dias, já trouxe resultados importantíssimos para o povo do país centro-africano. O fim da chamada “dinastia Bongo” – uma referência ao fato de que a família governou por quase seis décadas – também significou a derrubada de vários “amigos” dos Bongo. É o caso de Marie-Madeleine Mborantsuo.

Em 1991, Marie foi nomeada presidente do Tribunal Constitucional logo em sua criação pelo pai do presidente deposto, Omar Bongo. Desde então, sempre ocupou o cargo, até que o general Oligui Nguema, presidente da transição, informou educadamente a Marie que ela estava oficialmente aposentada.

Declarando uma derrota acachapante, a agora ex-presidente disse, em suas redes sociais: “Hoje, deixo o cargo de presidente do Tribunal Constitucional, após 32 anos de serviço. Reconheço que falhei em minha missão e me deixei corromper, e gostaria de lhe apresentar minhas mais sinceras desculpas”. Mais uma vitória do povo contra o clã Bongo.

Isso porque os gaboneses desprezam a figura de Marie-Madeleine – assim como desprezam qualquer membro da família Bongo. O caso dela é ainda mais escandaloso, pois ela não é uma simples “amiga” dos Bongo: foi amante de Omar Bongo e teve com ele dois filhos. Uma demonstração de como os Bongo faziam o que bem entendiam com o Gabão e com o povo gabonês.

Apesar desse tipo de abuso, o povo não perdeu seu humor característico e apelidou a Corte comandada por Marie de “Torre de Pisa” porque o tribunal sempre se inclinava para o lado do poder. Em outras palavras, autorizava todas as canalhices do governo de seu amante e, posteriormente, do filho de seu amante.

Marie, por exemplo, autorizou todas as eleições que ocorreram desde a criação do tribunal e sua consequente posse. Eleições que foram flagrantemente orquestradas para garantir a vitória da família Bongo.

Em outras palavras, a comandante da Torre de Pisa permitiu que os Bongo massacrassem o povo em troca de privilégios. Dando total anuência para o regime reacionário de Omar e Ali Bongo que entregaram a maior parte das riquezas naturais gabonesas para o imperialismo.

Agora, Marie será substituída por Dieudonné Aba’A Oyono, nomeado pelo porta-voz do Comitê de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI). Oyono presidiu o tribunal de primeira instância de Oyem, no norte do país, antes de ingressar no Conselho de Estado como comissário-geral e, depois, presidente.

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