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Bolsonarismo tucano

Abaixo a privatização da Sabesp!

Governador de São Paulo afirma que Sabesp é menina dos olhos do imperialismo, ela deve ser defendida por meio da luta dos trabalhadores

 A Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, é a menina dos olhos dos monopólios privatistas. As grandes empresas nacionais como Petrobrás e Correios estão protegidas pelo governo Lula, mas o estado de São Paulo é governado pelo tucano bolsonarista Tarcísio. A privatização da Sabesp, portanto, pode ser um dos maiores saques imperialistas realizados ao Brasil no próximo período. E o governo de SP nem ao menos consegue apresentar justificativas como afirmou o professor da USP Pedro Luiz Côrtes.

O professor do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo fez diversas críticas ao governo do estado por iniciar o processo de privatização da empresa:

“Em momento algum foi explicado quais os reais benefícios que uma eventual privatização poderia gerar para a população, seja em relação às práticas tarifárias, seja em relação à melhoria da qualidade de saneamento para as populações que moram na periferia das grandes cidades, seja no aumento da taxa de tratamento do esgoto”.

O governo de SP controla 50,3% das ações da empresa, que é gerida em regime de sociedade anônima de capital aberto. As demais são negociadas na B3 de São Paulo e na Bolsa de Nova York. A Sabesp, em 2022, teve o lucro de R$3,12 bilhões, resultado 35,4% superior aos R$2,3 milhões registrados em 2021. Isso significa que bilhões de reais estão sendo enviados para acionistas em São Paulo e em Nova Iorque ao invés de serem reinvestidos na infraestrutura do estado. Finalmente, a empresa é lucrativa, derrubando completamente o argumento neoliberal de que as estatais são ineficientes.

Vale ressaltar aqui o caso do Rio de Janeiro em que o bolsonarista Claudio Castro privatizou a CEDAE no ano de 2021. A situação era parecida, a empresa era lucrativa e eficiente, mas, mesmo assim, foi vendida para a Águas do Rio, que não apresentou melhora alguma em 2 anos, apenas cobra valores mais caros aos trabalhadores e está montando um melhor esquema de corte de água para quem não conseguir pagar as contas. É uma repetição também da destruição realizada por FHC, Temer e Bolsonaro, que demonstra que o bolsonarismo, na prática, não difere muito do PSDB.

Tarcísio afirmou: “A Sabesp é a grande privatização do Brasil hoje. Você vai lá para fora e só se quer saber disso. Todo o mundo interessado (na Sabesp). Se no governo federal o termo privatização se tornou tabu, em São Paulo tornou-se palavra de ordem”. A declaração dada no Palácio dos Bandeirantes é muito relevante para mostrar quem manda no estado de SP. As ordens vêm “lá de fora”. O governo bolsonarista de SP lembra muito os últimos 30 anos de ditadura tucana. Enquanto no mundo as empresas de infraestrutura básica vem sendo reestatizadas, o bolsonarismo tucano quer manter o Brasil em uma situação de colônia.

O professor Pedro Luiz criticou a posição do governo: “Toma-se que a privatização como se fosse um dogma a ser seguido e, portanto, a privatização sempre é boa, sempre é benéfica, mas, na verdade, não se explica qual o benefício que isso poderia gerar para população. Então, eu não vejo nenhuma justificativa para apoiar, ou subsidiar, uma decisão desse tipo, ou a tendência de que uma decisão desse tipo venha a ser tomada”.

A privatização não é um dogma, ela é o programa do imperialismo, o difícil é explicá-la para os trabalhadores, os principais afetados. Para isso, utiliza-se apenas as mentiras e o cinismo, típicos da política burguesa. Se mostrar abertamente como um serviçal de potências estrangeiras não é algo que a direita costuma fazer.

Lutar contra a privatização da Sabesp, portanto, deve ser uma bandeira de luta não só do sindicato da categoria, mas de todas as organizações de trabalhadores de São Paulo. Isso em conjunto a uma luta geral pela derrubada do governo Tarcísio, principal rival de Lula no poder Executivo. Essa luta deve se somar a luta dos trabalhadores do Rio de Janeiro e de Minas Gerias, contra Claudio Castro e Zema, e em defesa não só do fim das privatizações como da reestatização de todas as empresas saqueadas pelo imperialismo. 

A principal base de sustentação da burguesia no Estado se dá, além do STF e do Congresso Nacional, nestes 3 poderosos governos do sudeste brasileiro. A luta contra todos os ataques travados por estes governadores aos trabalhadores é de primeira importância. Abaixo a privatização da Sabesp! Pelo saneamento 100% estatal! Por uma Sabesp sob o controle operário! Fora Tarcísio!

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