Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Mark Malloch-Brown

A que vem o enviado de Soros ao Brasil?

Presidente global da Open Society Foundations (OSF) irá se reunir com figuras do governo Lula

george soros wef 2010 (1)

De acordo com informações publicadas no jornal O Globo, o presidente global da Open Society Foundations (OSF), o inglês Mark Malloch-Brown, de 69 anos, virá ao Brasil nesta semana para uma série de reuniões. Como todos sabem, a OSF é a organização fundada e dirigida pelo bilionário húngaro-americano George Soros, de quem Mark Malloch-Brown seria um amigo próximo.

Segundo informa O Globo, Malloch-Brown se encontrará com “parceiros da sociedade civil apoiados pela fundação filantrópica” — entre eles, Instituto Marielle Franco, Coalizão Negra por Direitos, Redes da Maré, Conectas, Igarapé, Instituto Clima e Sociedade, entre outros —, além de figuras do governo Lula — ministros da Justiça, Flavio Dino; da Gestão e Inovação, Esather Dweck; dos Povos Originários, Sonia Guajajara; e da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em sua visita, Malloch-Brown também anunciar um investimento de 15 milhões de dólares do Soros Economic Development Fund em um outro fundo, voltado para o desenvolvimento de negócios sustentáveis na Amazônia.

George Soros dispensa apresentações. Trata-se de uma das figuras mais abomináveis do planeta terra, um verdadeiro tubarão do capital financeiro, responsável, entre outras coisas, por causar uma quebra na economia inglesa apenas por suas atividades especulativas. Nos últimos anos, Soros tem se dedicado a um projeto de grande importância apara o imperialismo: o financiamento de Organizações Não-Governamentais (ONGs, partidos políticos e entidades da sociedade civil com o objetivo de desestabilizar regimes inimigos. Soros é, assim, um dos grandes financiadores, em todo o mundo, das chamadas “revoluções coloridas”, que são mobilizações artificiais, arquitetadas pelo Departamento de Estado norte-americano, para pressionar ou até mesmo derrubar um determinado governo.

A relação entre ONGs e as revoluções coloridas é bastante íntima e tem se mostrado evidente. Casos recentes, como o da Geórgia e o do Cazaquistão, são provas disso. Não é à toa que o presidente russo Valdimir Putin, inimigo do imperialismo norte-americano e que já inclusive sofreu tentativa de assassinato, expulsou tais organizações de seu país. Em Cuba, elas também são banidas. Na Hungria, onde nasceu Soros, o próprio fundador da OSF foi banido.

A vinda de Malloch-Brown oara se encontrar com as figuras e entidades listadas é algo ainda mais suspeito. Todos os elementos listados são conhecidos por receberem financiamento de órgãos ligados a George Soros, bem como a outras instituições capitalistas, como o banco Itaú. E mais: são também conhecidos por propagar uma política e uma ideologia reacionária, baseadas no chamado “identitarismo”. Silvio de Almeida, por exemplo, vem defendendo publicamente que Lula não pode indicar para o STF Cristiano Zanin, que é quem ele quer indicar, mas um desconhecido “homem negro”. Trata-se, visivelmente, de uma campanha alinhada com a burguesia para pressionar o presidente contra escolher alguém alinhado aos seus interesses. O mesmo Silvio de Almeida havia ingressado, em 2020, em um Conselho Racial no Carrefour, em uma operação para esfriar a radicalização dos protestos contra o supermercado.

A Coalizão Negra por Direitos tem um histórico semelhante. Seu líder e única figura pública conhecida, Douglas Belchior, foi um dos principais defensores da incorporação da chamada “terceira via” aos atos “Fora Bolsonaro” de 2021, enfiando goela abaixo uma política direitista contrária aos interesses dos manifestantes. Sonia Guajajara, por sua vez, se opôs a construção da Usina de Belo Monte, no Pará, alegando que o Brasil “não precisa de hidrelétricas”. Já Flávio Dino é um notório defensor da política repressiva e truculenta que o PSDB defende para o Judiciário, usando como pretexto a “luta” contra a “homofobia”, a “transfobia” e tantas outras desculpas para aumentar ainda mais o poder do Estado de esmagar os cidadãos.

Se as pessoas que com quem o representante de Soros irão se reunir são suspeitas, seu interlocutar merece ainda mais ressalvas. Malloch-Brown foi ministro trabalhista gestão pró-imperialista de Gordon Brown no Reino Unido e já comandou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em sua entrevista a O Globo, o interlocutor de Soros não escondeu que seu objetivo é “corrigir” a posição do Brasil, para quem o país seria uma “democracia não alinhada com protagonismo climático”. Para Malloch-Brown, a maior liderança global seria Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, pessoa a quem o presidente Lula cotnrariou ao não apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia.

A vinda de Malloch-Brown tem um objetivo bastante evidente: transformar o Brasil, o segundo país mais importante da América, em uma base para novas revoluções coloridas. Essas revoluções, inclusive, ao que tudo indicam, já estão sendo organizadas para se darem contra o próprio governo Lula. O imperialismo já mostra seu descontentamento com o presidente, ao passo que Malloch-Brow também já demonstra sua insatisfação, escondida em questões identitárias. O objetivo da sua vinda seria, no mínimo, o de pressionar o governo Lula e o PT para que modifique sua política,,, transformando-os, respectivamente, em algo parecido com Joe Biden e o Partido Democrata. Isto é, fazer do PT uma espécie de PSDB, um alicerce do imperialismo no Brasil.

Essa operação, no entanto, é bastante compleza. Lula é uma liderança operária e bastante radicalizada, tendo assumido uma postura cada vez mais nacionalista. Sendo assim, na impossibilidade de modificar o caráter do governo, só restará aos “ongueiros” uma opção: para forçar o Brasil a se alinhar com Joe Biden, será necessário derrubar o governo.

É preciso destacar que as peças já estão posicionadas para que George Soros dê início a suas operações. Apenas dentro do governo, há várias pessoas no primeiro escalão ligadas ao bilionário, como Silvio de Almeida, Anielle Franco e Sonia Guajajara.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.