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Universidade de Férias

A política cultural é uma ditadura contra a população

A política cultural é uma política que no seu extremo, desencadeia uma ditadura profunda

Na segunda aula do curso da Universidade de Férias e do Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), com o tema “Uma crítica marxista do identitarismo: woke; decolonialismo; cancelamento”, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), realizou uma exposição sobre a política cultural e o identitarismo.

A respeito deste problema, Rui destacou que a política cultural é uma legislação estabelecida na proibição de determinadas ideias presentes na sociedade, ou seja, no modo de pensar do próprio povo. Coibir hábitos, a maneira de pensar de grupos sociais, impor pela força estas questões, é a base da política cultural que surge do identitarismo.

A política cultural é uma política que no seu extremo, desencadeia uma ditadura profunda, nem mesmo na ditadura militar de 64, onde havia a censura, não existia o policiamento do pensamento, nesse sentido, até mesmo superior ao nazismo. O identitarismo é uma tentativa de condicionar, obrigar pela força, que as pessoas pensem “o que é bom”.

O identitarismo surge no ambiente universitário, composto por um linguajar burocrático, e em um meio onde todos buscam se colocar como “pessoas originais”. Dessa forma, as diversas teorias que aparecem neste círculo identitário se proliferam. Outra característica importante é que para a esquerda pequeno-burguesa, já não se trata mais de travar a luta contra o capitalismo, seja do ponto de vista revolucionário ou do ponto de vista reformista, a política identitária na verdade tem como única preocupação a luta contra determinados grupos ou indivíduos. Assim, no último período pode-se notar que determinadas lutas, como a do negro, tornou-se a luta contra o homem branco, a luta da mulher seria a luta contra o “patriarcado”, já as minorias (LBGTS, etc.) estariam na luta contra a população “cis”, o que na prática representa 99% da população. Por fim, a luta torna-se meramente uma luta contra indivíduos.

Mesmo os setores da esquerda pequeno-burguesa que buscam atrelar estas lutas com a luta marxista contra o capital são igualmente identitários. Na prática, não há como lutar com dois programas, um contra setores da sociedade, e outro contra o sistema social. O objetivo social de um programa socialista é a destruição do capitalismo, algo que para esses setores é considerado “não suficiente”, ou seja, que supostamente derrubar o capitalismo não resolveria nenhum problema destes setores, uma total farsa que busca tornar o objetivo revolucionário algo irrelevante.

Um marxista tem como única solução a derrubada do capitalismo, o restante são problemas secundários. Apesar de haver várias frentes de combate, com diferentes insatisfações que existem na sociedade capitalista, e que decorrem da existência da mesma, a luta deve ser organizada em um objetivo central. A luta não também contra os capitalistas em si, individualmente, mas sim pela destruição do capitalismo como sistema. Esta é uma luta de classes, que apenas se resolve com a derrubada das bases daquilo que sustenta a outra classe.

De um lado há luta cultural, ou seja, uma luta contra aquilo que ocorre nas relações entre os indivíduos na sociedade, baseada nas ideias pós-estruturalistas, do outro há a luta revolucionária contra o sistema social capitalista que é a base de todos estes problemas sociais.

A palavra de ordem da política identitária é “guerra de todos contra todos”. Os marxistas colocam que tudo que ocorre aos demais seres humanos diz respeito a todos os indivíduos, logo o padecimento, os problemas, as fraquezas, ou seja, a condição humana, é compartilhada por todos os seres humanos. A ideia de uma sociedade onde todos estão contra todos, onde os setores brancos estão alienados a respeito da situação do negro, onde há o lugar de fala da mulher, do homem, do LGBT, do negro homem, da mulher negra, fragmentando toda a sociedade nessas chamadas “identidades”, é algo profundamente reacionário.

Teorias como de Karl Popper, teorias profundamente reacionárias, servem apenas para uma política ditatorial. A luta contra o excesso de liberdade é na prática a luta contra qualquer realidade. Esta questão de denunciar, prender, incriminar todos aqueles que pensem diferente deste ou aquele setor, é algo profundamente autoritário, que gerará graves consequências à esquerda e aos próprios setores que estes dizem defender.

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