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É ditadura, não há dúvidas

A perseguição a Monark um dia terá fim?

Em nome da “democracia” e do “Estado Democrático de Direito”, já se consolida uma ditadura escancarada a cada arbitrariedade, como a perseguição contra Monark

A censura e a perseguição contra Monark não tem fim. Em razão dos ataques feitos por Alexandre de Moraes contra o apresentador, a Amazon Music suspendeu o podcast do último na plataforma. Desde o começo de 2022, Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido como Monark, vem sendo alvo de intensa e rotineira perseguição política e censura por parte as instituições brasileiras, em especial o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes.

Em mais um episódio persecutório, no mês de junho, Moraes, dito a pessoa mais democrática do mundo, determinou que todas as contas e perfis de Monark fossem suspensas, assim como o repasse de valores decorrente de monetização. Intimou as respectivas plataformas para cumprirem a ordem, sob pena de multa de R$100 mil por dia.

Algumas plataformas tentaram recorrer, mas sem conseguir resultados. Afinal, recursos contra as decisões de Moraes são analisados por ele mesmo ou por seus pares do STF. Ou seja, não há a quem recorrer.

O ministro ainda estipulou multa diária de R$10 mil a Monark em caso de descumprimento da decisão ilegítima, ilegal e inconstitucional. Não seu curvando à arbitrariedade, Monark continuou fazer transmissões.

Assim, no início desse mês de agosto, Alexandre de Moraes aplica multa de R$300 mil a Monark, valor este que já foi confiscado de sua conta bancária. Na esteira dessa decisão, a plataforma Rumble acabou suspendendo o contrato do Monark, conforme informado pelo próprio.

Fruto dessa mesma decisão, agora a Amazon Music foi obrigada a suspender de sua plataforma o podcast de Bruno. Informou que não havia repasse de valores a serem suspensos, pois o programa de Monark não era monetizado.

Reitera-se: é uma perseguição política sem fim; afinal, Monark está sendo processado simplesmente for falar o que pensa. Nesse sentido, cumpre fazer uma breve retrospectiva dessa perseguição.

No começo de 2022 quando Monark ainda era um dos donos e apresentadores do Flow podcast, e disse em um dos episódios que nazistas deveriam ter o direito de criar o próprio partido político no Brasil. Nada além do que a defesa de um dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, o direito de associação e o direito à livre criação de partidos políticos (arts. 5º, XVII e 17 da CF/88).

À época, Monark argumentou que seria muito mais fácil combater o nazismo se os nazistas estivessem expostos, às claras. Contudo, imediatamente foi bombardeado pela cultura do cancelamento, tanto pela direita quanto pela esquerda. Distorceram sua fala e o taxaram de nazista, de defensor do nazismo.

Os monopólios da imprensa, que foram fundamentais no ressurgimento da extrema-direita brasileira e que foram notórios apoiadores da ditadura militar, ficaram dias a fio difamando e caluniando Monark. Inquérito criminal foi aberto contra ele. Essa perseguição levou ao seu desligamento do Flow podcast.

Alijado de sua principal fonte de renda à época, resolveu criar canais próprios. Tudo parecia ir razoavelmente bem, até as eleições presidenciais de 2022. Após o término delas, e a vitória de Lula, Monark questionou a legitimidade do pleito eleitoral, das urnas e do TSE.

“Por que ele [Supremo] está disposto a garantir uma não-transparência nas eleições? A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado, que maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Por quê? Por que o nosso sistema político não quer deixar o povo brasileiro ter mais segurança? Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições? É isso que eu fico pensando…”, disse o apresentador em conversa com o deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PL-PR).

Uma simples manifestação de seu pensamento, de sua opinião. O exercício normal do direito à liberdade de expressão (art. 5º, IV, CF/88). Nenhum crime.

Contudo, a partir daí começou a perseguição direta de Alexandre de Moraes ao apresentador, que suspendeu sua conta no Youtube, a principal plataforma online de vídeos.

Novo episódio se deu logo após a ocupação do Congresso Nacional por bolsonaristas, no dia 08 de janeiro de 2023. Exercendo novamente seu direito à liberdade de expressão, Monark disse que simpatizava com a revolta daquelas pessoas, em razão de o Estado ser “uma ditadura nefasta e autoritária, só roubam o povo”.

Uma colocação perfeitamente condizente com realidade, e certamente compartilhada pela maioria dos brasileiros. Contudo, Alexandre de Moraes, que já havia se colocado como arauto da democracia, como protetor do Estado Democrático de Direito contra o avanço do fascismo, o perseguiu mais uma vez. Suspendeu sua conta no Twitter e ainda incluiu-o em um dos inquéritos sigilosos e ditatoriais de Alexandre de Moraes, especificamente o Inq. 4923, através do qual se investiga a responsabilidade de pessoas tenham concorrido para o cometimento dos “delitos” do 8 de janeiro “inclusive incitando-os ou estimulando-os em redes sociais”.

No decorrer do semestre, Monark seguiu exercendo seu direito democrático à manifestação do pensamento, expressando em várias ocasiões em seus programas que não possuía confiança no TSE, no STF, nas urnas eletrônicas e nas eleições. Uma opinião perfeitamente legítima, compartilhada pela maioria dos brasileiros. Nenhum crime.

Se já não estava claro antes, agora não restam mais dúvidas: o apresentador está sofrendo uma perseguição. Moraes (e a burguesia) está fazendo dele um exemplo para o restante da população. E a mensagem é para que ninguém ouse questionar as decisões arbitrárias do Supremo, de seus ministros e de todo o judiciário.

É fundamental à burguesia imperialista a existência de um judiciário intocável. Com tribunais cujas decisões sejam inquestionáveis e irrecorríveis, é facilitado do domínio do imperialismo sobre o Brasil. Em nome da “democracia” e do “Estado Democrático de Direito”, já se consolida uma ditadura no Brasil, que se escancara a cada arbitrariedade, como a perseguição cometida contra Monark.

Não obstante quaisquer particularidades do caso do apresentador, o fato é que a caçada de Alexandre de Moraes a ele faz parte de um plano maior, que permita a eliminação dos direitos democráticos da população, para que ela não consiga lutar contra a ditadura que o imperialismo deseja sobre a nação.

Por isto é fundamental defender Monark contra toda a perseguição que vêm sofrendo, assim como defender de forma incondicional os direitos democráticos da população, em especial o direito à liberdade de expressão.

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