Dois dos grandes jogadores da história da seleção brasileira, Pelé e Nilton Santos têm muitas histórias para contar. O jornal Correio Braziliense, no ano de 1997, decidiu reunir o Rei e a Enciclopédia do Futebol para que eles relatassem alguns episódios que viveram juntos. Na época, Pelé era ministro dos esportes, enquanto Nilton tinha uma escolinha de futebol e morava em Brasília.
Durante a conversa, um repórter do jornal perguntou a Nilton se era verdade que ele havia dado um “chapéu” em Pelé durante uma partida entre Santos e Botafogo. O ex-lateral esquerdo deu um sorriso e disse que não queria aplicar o drible. Pelé, que estava sério, afirmou que tinha sido sem querer mesmo. O ex-jogador do Botafogo afirmou: ““Marcar Pelé era difícil. Se você estivesse de pernas abertas, ele passava a bola por baixo delas. Se você fechasse as pernas, ele tabelava nas pernas do marcador e saía com a bola. Você ia fazer o quê?” . Depois foi a vez de Pelé lembrar dos dribles em cima dos europeus: Puxa, dava até pena na Europa. Os gringos não sabiam desse negócio de ‘chapéu’. Os caras vinham marcar junto e a gente tinha a habilidade de moleque de rua, sempre jogando. A gente vivia dando ‘chapéu’ nos europeus. Era demais”.
Os dois jogadores foram campeões juntos nas Copas de 1958, na Suécia, e de 1962, no Chile.