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Commodites petróleo

A OPEP e o preço do barril de petróleo

No último período Rússia, Arábia Saudita, Iraque e Kuwait, prometeram um total de 1,66 milhão de barris por dia (bpd).

No último período Rússia, Arábia Saudita, Iraque e Kuwait, prometeram um total de 1,66 milhão de barris por dia (bpd). A ação está obtendo adesão de outros países produtores e acarretou um aumento de 6% na cotação futura do West Texas Intermediate (WTI), que ultrapassou os US$ 80 o barril.

Mercado do petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), é um cartel composto por 13 países. Historicamente os governos da maioria desses países colocavam-se como verdadeiros vassalos do imperialismo norte-americano.

Entretanto com o desenvolvimento da guerra da Ucrânia, colapso do Silicon Valley Bank e cenário de crise bancária nos EUA e na Europa, existe uma pressão para diminuição dos preços de commodities, inclusive do petróleo. Essa tendência acarretou recuos da ordem de 0,62%no último período.

Mesmo com a manutenção da previsão de crescimento da demanda global, a Opep+ visando preservar esse mercado, determinou um corte na extração futura de petróleo. Todavia a previsão de demanda na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde se encontram China e Índia cresceu.

Em outras palavras, nos países imperialistas da OCDE há a previsão de corte de 240 mil barris por dia. Enquanto nos países fora da OCDE, existe uma previsão de acréscimo de 270 mil barris por dia.

Fraqueza do imperialismo

A situação de fraqueza nas economias da União Europeia (EU) e Estado Unidos da América (EUA) diminuíram a demanda desses países mantendo os preços do petróleo no mesmo patamar. O desenvolvimento dessa situação tende a um quadro de inflação com recessão.

Os EUA e vários países da UE, como a Alemanha, enfrentam um cenário com aumento no custo de vida e maiores taxas de juros há décadas. Essas economias em crise permanente, que não conseguiram se recuperar da pandemia são obrigadas a diminuir o já pífio crescimento econômico.

O atual estágio da crise inflacionária já desencadeia políticas recessivas e convulsões sociais como as da França. Esse é um movimento político que tende a se expandir, tomando proporções mundiais.

Preço dos combustíveis

A primeira pergunta que nós fazemos quando falamos em petróleo é: Como ficam os preços dos combustíveis e qual seus reflexos na economia mundial? Qual o desenvolvimento aumento da pressão sobre o preço dos combustíveis?

Em geral o reflexo do aumento do petróleo bruto é quase imediato em diversas indústrias, entre esta a dos combustíveis. No Brasil, por exemplo, se não houver uma mudança na política de preços, o reflexo será imediato com aumento no setor.

Setores de transporte, alimentação e vestuário serão altamente afetados pela pela variação nos preços dos combustíveis. Em consequência o custo de vida aumentará, teremos crescimento da inflação.

Inflação e convulsão social 

Há poucos fatores que influenciam na agitação social quanto à inflação. Esse aspecto econômico reflete diretamente nas condições de vida objetivas da classe operária.

No ano de 2022 vimos de perto essa correlação principalmente na França. Após a Rússia realizar cortes no fornecimento de gás natural, em resposta à ofensiva imperialista, se desenvolveu uma crise energética na UE.

Com a crise energética e econômica, somada a uma política de rapina do imperialismo, os trabalhadores franceses reagiram em mobilização a muito não vistas naquele país. A luta sindical, por condições objetivas como a aposentadoria, amadureceu em seu caráter político, sendo neste momento uma mobilização política do Macron.

Mesmo com o governo dando subsídios aos combustíveis na ordem de milhões de dólares e empresas como a TotalEnergies tabelando os preços da gasolina e do óleo diesel a € 1,99 (R$ 10,80) por litro, as medidas foram insuficientes. A recepção pelo público foi muito negativa, tendo em vista que os preços já estavam no patamar inferior a € 2.

Rebelião no Oriente Médio

Algo que chamou atenção nesta medida de corte na produção de petróleo foi a política de auto proteção da Opep+ e a projeção superior de demanda para países externos à OCDE. Os cinco principais países produtores da Opep são Oriente Médio, por uma série de intervenções imperialistas esses países estão há muito, ao menos na área de influência política dos EUA.

Essa política de diminuição na produção, para manutenção do preço do petróleo, assim como a aproximação econômica da China, acaba se colocando a diversos interesses do imperialismo. Esses fatos, entre outros, somados ao enfraquecimento da dominação militar do imperialismo na região, apontam a diminuição do controle do imperialismo sobre o Oriente Médio e a perspectiva de piora para a crise imperialista.

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