A grande imprensa tem publicado várias notícias falsas e após um ano pode-se notar que elas não correspondiam à realidade. Como por exemplo notícias de que Putin estaria com câncer e prestes a morrer, ou que os russos estão sem munição; e que armas como os drones Bayraktar, HIMARS mudarão a situação da Ucrânia. Até hoje porém, Putin não apresentou qualquer indício de um câncer terminal, os russos têm atirado todos os dias mais de 50.000 tiros de artilharia e ninguém mais fala das incríveis armas como Bayraktar e HIMARS.
A imprensa capitalista trabalha de formas diferentes para a Europa Ocidental e Oriental. Desde do início da guerra tem instrumentalizado o medo de uma possível invasão russa para convencer a população de que a única alternativa é ajudar a Ucrânia. E este medo foi bem absorvido pela a Europa Oriental, principalmente os países da antiga URSS, devido à proximidade com a Rússia e a enorme propaganda anticomunista feita desde os anos 90. Enquanto na Europa Ocidental como Espanha, França e Itália esse argumento do medo da invasão foi pouco efetivo, então a tática é manter a farsa de que a Ucrânia está ganhando, caso contrário a certeza de uma derrota ucraniana aumentaria a resistência da população em aceitar a versão ucraniana e inviabilizaria a ajuda da Europa Ocidental, a qual é a parte mais rica.
Pode-se dizer que a imprensa se divide em três grupos: existem os think tanks, que fazem análises e longos textos sobre a situação, são lidos pela classe média, universitários e jornalistas. Existem os jornalistas e a grande imprensa que servem para popularizar as análises dos think tanks de forma mais diluída e diariamente. E por fim as redes sociais que são usadas para analisar quais argumentos são mais aceitos pela população e mais compartilhados.
Toda essa máquina propagandista tem sido usada para manter e escalar a guerra sempre a favor da política imperialista. Depois da Ucrânia, a Europa é a maior perdedora nesta guerra. Ela está sendo obrigada a pagar mais caro pelo petróleo e gás, diminuindo sua competitividade, perdendo suas indústrias, transferindo dinheiro público para empresas bélicas americanas. Essa política contra a Europa tem sido aplicada com ajuda da mídia e dos políticos liberais europeus.
