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Camilo Duarte

Militante do PCO e colunista do Diário Causa Operária. É formado em Física pela UFPB.

Autodefesa

A luta no campo e por que devemos apoiar o Hamas

Neste dia 11, foram assassinados dois trabalhadores acampados MST, duas mortes diante de 10 mi mortes na Palestina, pode parecer pouco, mas auxiliar a demonstrar a proximidade

Neste sábado, dia 11 de novembro, foram assassinados dois trabalhadores acampados Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Paraíba (MST). Duas mortes diante de mais de 10 mil mortes na Palestina, pode parecer pouco, mas auxiliar a demonstrar a proximidade dos oprimidos independente do lugar, e, porque devemos apoiar incondicionalmente o Hamas e demais combatentes na Palestina.

Quem eram os executados

Os mortos eram, Aldecy Viturino Barros, trabalhador rural acampado, com 44 anos, 2 filhos, Aldecy era o coordenador do acampamento do Quilombo do Livramento. Ana Paula Costa Silva, era trabalhadora rural acampada no Quilombo do Livramento, com 29 anos e 3 filhos.

Eram mais dois trabalhadores do campo lutando para sobreviver do seu trabalho. Uma realidade de milhares de trabalhadores no Brasil, apenas na organização MST, temos mais 450 mil famílias em 24 estados.

A execução

A execução ocorreu no acampamento Quilombo do Livramento, Sítio Rancho Dantas, no município de Princesa Isabel, próximo às 15h30. Os moradores relatam que os assassinos eram dois homens, chegaram em uma procurando Aldecy, para assinar um documento na posse deles.

O encontro aconteceu enquanto Aldecy estava numa escada, auxiliando o pai de Ana, a outra vítima, a conserta o telhado do barraco. Ao posse a descer da escada para atender os aqueles que lhe procuravam, Aldecy foi alvejado e Ana também foi vítima dos disparos e ambos faleceram no local.

Além das vítimas Aldecy Viturino Barros e Ana Paula, estavam presentes no local o pai de Ana e o seu companheiro e dois amigos da família. Mais uma ação covarde do latifúndio fascista, interrompeu mais duas vidas valorosas de trabalhadores do campo que lutavam pela sobrevivência.

Direito a autodefesa dos trabalhadores e o Hamas

Há muito, vejo vários grupos de esquerda o direito a organização e autodefesa dos trabalhadores. Principalmente no campo, de trabalhadores rurais, comunidades tradicionais, indígenas, face à execução continua desses trabalhadores pelo latifúndio.

Autodefesa é um direito de qualquer oprimido, e qualquer reação contra seu opresso é justa e valida, tanto que nem a Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Hamas e demais partidos em combate, como terroristas. O oprimido não penas o direito de denunciar as agressões sofridas, mas o direito de se armar e se organizar contra seu opressor, a violência sempre será do opresso, qualquer ação do oprimido será apenas autodefesa.

Em outras palavras, independente da reação do oprimido, o terrorismo sempre vem do opressor. Ademais, está demonstrado que o sectarismo atribuído pelo Estado de Israel ao Hamas não condiz com a realidade, pelo contrário o genocídio com atos sectários foi praticado por Israel.

O tacão de ferro

O imperialismo e as oligarquias locais, seus sócios menores ou simples serviçais, são os principais opressores pelo mundo afora. Não é à toa a aliança que vemos entre o sionismo e o bolsonarismo, ambos são expressões políticas fascistas de grupos econômicos de funções similares.

Lá o Estado sionista dízima a população palestina ocupando seus territórios para garanti os interesses do imperialismo no Oriente Médio. Aqui os latifundiários fazem o mesmo com os trabalhadores do campo, sendo um genocídio com conivência estatal.

As sociedades classes foram edificadas com o sangue das classes trabalhadoras, mediante violência e brutalidade. O mesmo tacão de ferro que golpeia e oprime no Brasil também e o faz na Palestina.

Então me pergunto poque setores da esquerda que trazem como necessária e justa a autodefesa aqui condenam a reação armada do Hamas e demais combatentes palestinos. Quando a única diferença que há entre esses casos é que aqui, diferentemente da Palestina, os trabalhadores do campo ainda não estão organizados e armados o suficiente para reagir.

Exemplo para a classe trabalhadora

Se podemos falar algo dos Hamas e demais combatentes palestinos, seria que esses são um exemplo a serem seguidos pelos oprimidos em todos o mundo. Luta em armas contra o opresso que os extermina, um exemplo a todos em condição de opressão.

Esses combatentes, como no mito de David & Golias, resistiram algo gigante da opressão. Sua ação, assim como aconteceu no Vietnã, Afeganistão, Donbass, lança esperança a diversos aos povos oprimidos no Mundo.

Os companheiros de luta do MST e demais trabalhadores do campo precisam ser organizam e armar contra o latifúndio. Nenhum Estado burguês concedera o direito de autodefesa, esse tem que ser conseguido através da luta e organização.

Na Palestina a população não pode nem recolher água pluviais, proibição colocada por Israel, para controlar a totalidade dos recursos naturais. Mas, mesmo nesta que com certeza deve ser a pior ditadura que já existiu na modernidade, a classe trabalhadora palestina se organizar e enfrentar o seu opressor, gerando a maior crise do Estado de Israel.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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