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The Best Fifa

A farsa da premiação da Fifa

Mais um ano, mais uma farsa. Para a premiação da Fifa, brasileiros parecem não existir, apesar de nossos jogadores serem assediados desde a infância pelos clubes europeus.

Tivemos ontem mais uma edição da premiação The Best Fifa. Como já era de se esperar, o que se viu foi mais uma encenação, mais um jogo de cartas marcadas. Não por acaso o atacante francês Karim Benzema nem se deu ao trabalho de comparecer à cerimônia, mesmo que oficialmente na disputa pela premiação de melhor jogador de 2022. Levando-se em conta o histórico das premiações da Fifa, vale destacar que a farsa dessa premiação já estava explícita desde a divulgação dos finalistas.

Para o prêmio mais importante, melhor jogador do ano passado, foram indicados os franceses Benzema e Kyllian Mbappé, além do argentino Lionel Messi. Mesmo tendo um ano apagado, o argentino era o franco favorito pelo fato de ter conquistado o título da Copa do Mundo. E diante da flagrante falta de qualidade do restante da sua equipe, só restava entregar o prêmio a Messi mesmo. Quem não se lembra do prêmio de 2006, dado ao zagueiro italiano Fabio Cannavaro após o título da Copa? Cannavaro foi eleito melhor jogador à frente de Zidane, Ronaldinho Gaúcho, Eto’o e Kaká, por exemplo, uma das premiações mais bizarras da Fifa.

O prêmio de melhor jogadora colocou a inglesa Beth Mead, a norte-americana Alex Morgan e a espanhola Alexia Putellas. Assim como tentam fazer com Pelé, parece que a craque Marta foi um raio em céu azul no futebol brasileiro. Por mais que a estrutura do futebol feminino nos países imperialistas seja muitas vezes superior à estrutura dada às jogadoras aqui no Brasil, é difícil acreditar que o talento das gringas esteja num patamar mais elevado. Enfim, outra bola cantada no evento, que premiou a espanhola dessa vez.

Outra categoria onde os brasileiros não entram nem na marra é a de melhor treinador, afinal os europeus sabem muito mais de futebol do que os treinadores pentacampeões do mundo. Na disputa, o italiano Ancelotti do Real Madrid, o espanhol Guardiola do Manchester City e Scaloni da seleção argentina. Apesar de sul-americanos, os argentinos historicamente procuraram ser uma espécie de Europa do Sul, o que agrada muito os europeus originais, que procuram ranqueá-los acima dos brasileiros no futebol sempre que possível.

Tirando o argentino, que venceu a Copa com um time mediano, os outros dois comandam elencos multimilionários, dois dos maiores orçamentos do futebol europeu. Guardiola, por exemplo, lembra muito o Messi nessas premiações, independentemente do que faça durante o ano é sempre colocado entre os melhores como forma de publicidade favorável aos europeus. Mesmo sem mostrar nada de relevante há anos, essa propaganda funciona para que muitos papagaios da imprensa europeia sigam o exaltando como o melhor treinador da atualidade.

Mas talvez a premiação que mais tenha chamado a atenção foi a do gol mais bonito do ano, onde ficou mais explícito que os critérios oscilam de acordo com a propaganda que se quer fazer. O franco favorito para levar o prêmio Puskás era o brasileiro Richarlison, que fez dois golaços na Copa do Mundo e concorria com o belíssimo gol de voleio na estreia contra a Sérvia. Para ele, o critério de usar a Copa como principal referência não valeu. Alguns já anteciparam o golpe quando a Fifa anunciou entre os finalistas o gol do polonês Marcin Oleksy, que joga futebol para amputados.

O que normalmente seria uma indicação apenas para prestigiar essa categoria diferente do esporte, diante da campanha contra o futebol brasileiro, serviu para tentar esconder da história o golaço de Richarlison na competição mais importante do futebol. Um gol que foi celebrado no mundo inteiro como uma verdadeira obra de arte, um movimento de enorme plasticidade, registrado em foto onde se observa a proporção áurea, recurso muito usado nas artes plásticas. Mais uma vez, a Fifa presta um enorme desserviço ao esporte que segue sendo o mais popular do mundo, apesar da Fifa.

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