Os grandes golpistas não se cansam de se travestirem de democratas. Um conjunto de jornalistas, financiados pela burguesia imperialista, se atiram aos pés do capital estrangeiro, defendendo a entrega do país. Pode ser diretamente através das suas riquezas naturais, da cultura, arte ou qualquer outro tipo de manifestação. O fato é que deve-se cumprir uma agenda, é preciso concluir a meta, é necessário entregar de vez.
Desse modo, sistematicamente o futebol brasileiro vem sofrendo com a sua estrangeirização. O futebol arte brasileiro, reconhecido pelos maiores especialistas do mundo, vê-se confrontado por dinâmicas políticas que vão muito além do futebol. O capitalismo vê no futebol brasileiro como seleção e no próprio campeonato uma oportunidade única de lucros estrondosos. Excetuando-se o exagero, é uma Amazônia do futebol, um povo de mais de 200 milhões de pessoas apaixonado por futebol, que consome diariamente o esporte. Um consumo inigualável no mundo, visto que os países também apaixonados por futebol não possuem nem 50% da população brasileira.
Iniciaremos o Campeonato Brasileiro 2023 com 10 técnicos estrangeiros (50%), sendo 7 portugueses. A tendência é que teremos um técnico estrangeiro na Seleção Brasileira de Futebol, muito provavelmente o italiano Ancelotti. A imprensa persegue veementemente os técnicos e jogadores brasileiros, a serviço do imperialismo. As Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) vem em uma crescente entregando o patrimônio dos clubes construídos por séculos. Sem dúvida alguma é o momento mais crítico para o futebol brasileiro desde a sua formação. Estamos prestes a perder boa parte da nossa identidade, patrimônio e o principal do nosso futebol: improvisação e drible.
O ano de 2023 será um ano de lutas tanto pelo governo Lula mas também para os amantes do futebol. A possível estrangeirização de um dos maiores patrimônios do Brasil, a Seleção e o Futebol Brasileira, deixará marcas que demoraremos tempos para recuperar. É preciso mobilização e denúncia. É preciso que um partido revolucionário organize a classe operária em torno do tema. É preciso reagir, é preciso lutar e para isso, é preciso se organizar.