Quem é de esquerda e possui pelo menos um conhecimento básico de história sabe que os Estados Unidos da América são um grande inimigo de países oprimidos. A política dos Estados Unidos sempre foi totalmente reacionária, envolvendo repressão, ataques, bombardeios e promoção de intervenções e golpes em dezenas de países por todo mundo. Todas as ações políticas relacionadas aos Estados Unidos são sempre muito prejudiciais. Isso é tão verdade que é uma tradição na esquerda considerar os representantes políticos dos Estados Unidos como seus inimigos
A subserviência de alguns elementos da esquerda brasileira fica tão evidente quando observamos como esses representantes americanos são recebidos no Brasil. Nesse sentido, a recente visita de Alexandria Ocasio-Cortez mostra o capachismo dessa esquerda diante da política dos Estados Unidos.
Alexandria Ocasio-Cortez, também conhecida como AOC, é uma política estadunidense. Nascida em Nova Iorque, mas filha de porto-riquenha, AOC utiliza da sua origem para fazer demagogia com os menos avisados. Ela é atualmente congressista na Câmara dos Representantes pelo do mesmo estado. Foi criada em um bairro de classe trabalhadora no Bronx, mas é evidente que a sua orientação política foi concebida quando estudou relações internacionais e economia na Universidade de Boston. Ocasio-Cortez se descreve como uma socialista democrática e faz parte do grupo interno dos Socialistas Democráticos.
A parlamentar diz que defende os refugiados, ataca a maneira como os Estados Unidos tratam os imigrantes, etc. Porém, isso parece ser apenas uma fachada diante de sua verdadeira política. Alexandria Ocasio-Cortez é uma apoiadora do regime dos Estados Unidos. Sua política em relação à Ucrânia mostra que ela está a favor das ações imperialistas pelo mundo. Ela se posicionou e votou a favor do envio de armas para a Ucrânia. Enquanto a população nos Estados Unidos enfrenta pobreza crescente e abandono, AOC, que diz defender os oprimidos, apoia a guerra imperialista na Ucrânia promovida pelo seu país, ela apoia o armamento dos nazistas ucranianos que estão atacando o seu próprio povo e a Rússia.
Cortez esteve presente no Brasil para se encontrar com alguns ministros do governo. No entanto, chama a atenção a recepção que ela teve de elementos, principalmente os do PSOL. Guilherme Boulos fez questão de realizar um evento com a representante norte-americana. O atual deputado federal a levou para visitar a favela do Sol Nascente, no Distrito Federal, na terça-feira, dia 15. A visita teve cobertura da Folha de São Paulo e foi planejada para que Guilherme Boulos apresentasse a favela à representante norte-americana, alegando que estava promovendo a troca de experiências entre parlamentares do Brasil e dos Estados Unidos.
Aqui, fica claro que Boulos quer mostrar ao imperialismo que ele é uma pessoa confiável e está disposto a representar a política identitária no Brasil. E é claro, ele busca apoio e confiança dos norte-americanos.
Outro caso que também merece atenção é o encontro da ministra da Igualdade Racial com a representante do Partido Democrata. A ministra Anielle Franco fez questão de destacar a boa relação que estabeleceram e os temas que discutiram. É impossível não notar a satisfação da ministra ao se encontrar com a americana, expressando um fervor total em relação à política dos Estados Unidos. Uma política que é uma das mais devastadoras em todo o mundo, apoiada por todos os representantes desse regime. Isso revela que a esquerda, que costuma apontar a direita por glorificar e adorar os EUA, na verdade, também tem essa mesma adoração. Parece que não é apenas o Bolsonaro que presta continência para os Estados Unidos.