As Copas do Mundo, de 1958 e 1962, onde o Brasil levou os seus dois primeiros títulos, mostrou a enormidade capacidade técnica do futebol brasileiro. Restava apenas, aqueles que assistiam se conformar com a melhor seleção do mundo, liderada por Pelé, ou definitivamente partir para a violência. Não tiveram dúvidas e na Copa do Mundo de 1966 realizada na Inglaterra, viu-se o avanço da violência contra a nossa seleção.
Já no primeiro jogo contra a Bulgária, o ataque foi tão grande contra Pelé que praticamente o tirou da Copa. Pelé de falta abriu o placar O jogador brasileeiro havia marcado nos 15 minutos, e após isso, em um sequência de faltas criminosas o rei não aguentou e foi substituído. No próximo jogo contra os Húngaros, já sem Pelé lesionado, continua a violência e o Brasil foi derrotado para a Hungria. Encerra a sua participação com derrota para Portugal.
O que em 66 teria sido um desastre, aprendeu-se para a Copa de 70 no México. Nas semifinais, o Brasil encarou a seleção uruguaia. Começa que já era um antigo fantasma, autor da maior tragédia da torcida brasileira: “Celeste Olímpica”. O carrasco do Brasil na final do primeiro Mundial disputado no país, em 1950, quando derrotou a seleção de Ademir e Barbosa por 2 a 1, de virada, em pleno Maracanã. Mas agora seria diferente. Em um lance que Pelé tinha passado por diversos jogadores uruguaios e ficaria de frente para o gol, foi derrubado, sendo pisado por Dagoberto Fontes (camisa 15) quase no joelho do rei, Um lance claramente proposital e provocativo. No lance seguinte, minutos depois, Pelé arranca com a bola pela lateral esquerda, saindo do campo do Brasil e indo até quase a linha de fundo da defesa do Uruguai. Fontes, chega novamente para efetuar a marcação, mas Pelé atinge o uruguaio com uma cotovelada e, na sequência, jogou-se no gramado. O lance passou despercebido pelo juiz espanhol José Ortiz Mendizabal, que acabou dando falta contra o atleta celeste.
Era o dia 17 de junho de 1970. Marcado de perto por Dagoberto Fontes (camisa 15 da Celeste), Pelé arrancou com a bola pela lateral esquerda, saindo do campo do Brasil e indo até quase a linha de fundo da defesa do Uruguai. E veio a agressão do eterno camisa 10 da seleção canarinho. Pelé atingiu o uruguaio com uma violenta cotovelada e, na sequência, jogou-se no gramado. A “malandragem” do Rei Pelé passou despercebida pelo juiz espanhol José Ortiz Mendizabal, que acabou dando falta contra o atleta celeste.
A partir deste momento todos sabiam que os jogadores brasileiros não estavam mais dispostos a “apanharem calados”, principalmente o Rei Pelé. O Brasil ganhou de virada por 3 a 1 e se sagrava Tricampeão Mundial contra a Itália. Caso Pelé não tivesse tido essa atitude, muito provavelmente poderíamos ter novamente o futebol violento afastado o melhor jogador e colocado o título da copa em risco. A atitude de Pelé deu um basta, que resultou em mais um campeonato para a seleção canarinho.