O Flamengo apresentou na última segunda-feira o seu novo técnico, o argentino Jorge Sampaoli. Mais uma vez, o time rubro-negro carioca recorre a um técnico estrangeiro para comandar sua equipe. E, mais uma vez, a tendência é de uma demissão rápida.
O técnico argentino Jorge Sampaoli tem uma carreira larga no futebol, mas foi se destacar no clube Universidad de Chile, um time que não configura entre os principais clubes do Chile. Foi nesse clube também onde Sampaoli ganhou a maioria de seus títulos, há mais de 10 anos. Depois disso, a única campanha de destaque de Sampaoli foi pela seleção chilena, sendo campeão da Copa América em em 2015.
Ou seja, o Flamengo está contratando mais um treinador com poucas conquistas na carreira, como foram os últimos estrangeiros. Vale lembrar que Domenec Torrente sequer tinha uma carreira consolidada como técnico quando foi contratado em 2020. Assim, nem títulos na carreira tem. Em 2022, o Flamengo apostou no português Paulo Sousa, cujo maior clube na carreira foi a Fiorentina, time de segunda prateleira na Itália. Por fim, apostou, em 2023, em outro português, Vitor Pereira, que não ganha nada há uma década.
Não satisfeito em destruir o campeoníssimo trabalho de Dorival Jr, que levantou uma Copa do Brasil e uma Libertadores, o Flamengo contrata treinadores com poucas vitórias na carreira, apostando nesses treinadores apenas por serem estrangeiros, receita que a CBF quer repetir na seleção brasileira.
No caso específico de Jorge Sampaoli, o treinador argentino teve duas passagens pelo futebol brasileiro: Santos e Atlético MG. Por acaso, esses foram os maiores clubes treinados pelo argentino.
A passagem pelo Santos não surtiu nenhum efeito em termos de conquistas. Logo de cara, o time santista foi eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. No campeonato paulista, foi eliminado pelo Corinthians, e no brasileiro terminou em segundo lugar. Ou seja, não deixou saudades no clube da baixada santista, sendo dispensado ao fim da temporada.
Pelo Atlético MG, Sampaoli também fez campanha muito aquém do que se esperava. Quando chegou ao Atlético, pegou o time eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana graças ao trabalho pífio de seu antecessor, o venezuelano Rafael Dudamel. Assim, contava com o benefício de disputar apenas o campeonato brasileiro no segundo semestre, enquanto seus adversários se dividiram entre outros torneios. Resultado, ficou em terceiro, atrás de Internacional e Flamengo. Como prêmio de consolação, levantou o campeonato mineiro. Contudo, enfrentou um Cruzeiro muito fragilizado por um recém rebaixamento, fruto de uma administração bizarra do clube celeste. Ou seja, o caminho estava aberto para o Galão da Massa.
O futebol brasileiro tem grandes e vencedores técnicos. Flamengo tinha Dorival Junior em seu comando. Ainda assim, nossos dirigentes insistem em técnicos estrangeiros, despejando muito dinheiro nesses treinadores.