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Saúde

A cada dois minutos morre uma mulher no parto ou grávida

Relatório da ONU mostra que principais causas de morte são por hemorragias agudas, infecções relacionadas à gravidez, complicações provocadas por abortos e condições subjacentes

“Este relatório fornece mais um lembrete da necessidade urgente de dobrar nosso compromisso com a saúde das mulheres e adolescentes”, disse Juan Pablo Uribe, diretor global de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial e diretor do Mecanismo de Financiamento Global.

Esse relatório citado por Juan Pablo Uribe, Tendências na mortalidade materna (Trends in maternal mortality) divulgado na quinta (23/02/2023) pelas agências das Organizações das Nações Unidas, revela que as mortes maternas aumentaram ou se mantiveram em quase todas as regiões do mundo. 287 mil mulheres morreram enquanto estavam grávidas ou ao dar à luz em 2020, uma a cada 120 segundos. No ano 2000, o número era de 446 mil.  Nesse tempo, o país que registrou a pior queda  (95,5%) foi Belarus, com uma morte materna para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 24 em 2000. Ao contrário da Venezuela, que contava com 259 mortes maternas para cada 100 mil nascimentos em 2020, contra 92 em 2000, um aumento de 182,8% da mortalidade.

Em 2019 foi feita uma matéria pelo O Globo de Roraima  “Ao menos 7 venezuelanas dão à luz por dia na maternidade de RR; número é quase o dobro de 2018” que evidenciou casos de mulheres grávidas venezuelanas que não conseguiam atendimento de qualidade em seu país, e atravessavam a fronteira para fazer o parto com mais segurança. Foi cedida uma entrevista por Daniela Rojas, que teve sua filha na única maternidade pública de Roraima, em Boa Vista. 

“Na Venezuela não tem trabalho, remédios, comida e nem fraldas”, explica Daniela, que se viu obrigada a cruzar a fronteira do Brasil um mês antes do parto devido à crise econômica, política e social no seu país.

As mortes, são registradas em sua maioria nas áreas mais pobres do mundo, assim como na Venezuela e nos países em conflitos de guerra. Em 2020, quase 70% aconteceram na África subsaariana (localizada no sul do deserto do Saara) onde a taxa de mortalidade é “136 vezes mais elevada que na Austrália ou Nova Zelândia”, afirmou a autora do relatório, a pesquisadora Jenny Cresswell. Em países como Iêmen, Somália, Síria, Sudão e Afeganistão, a taxa de mortalidade materna foi o dobro da média mundial. 

A nível mundial, a taxa de mortalidade materna caiu 34,3% entre 2000 e 2020. No entanto, entre 2016 e 2020, a taxa foi reduzida em apenas duas das oito regiões da ONU: Austrália e Nova Zelândia (em 35%) e Ásia Central e do Sul (16%). Em alguns casos foram registrados retrocessos. Em duas regiões, Europa/América do Norte e América Latina/Caribe, a taxa aumentou 17% e 15%, respectivamente.

Os principais motivos das mortes

A principal causa desses dados é a falta da segurança dos direitos assegurados pelos Estados, como um atendimento de qualidade, todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pré-natais durante a gestação, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas após o parto. A saúde materna e do recém-nascido estão intimamente ligadas, e a falta do atendimento pré-natal às gestantes pode causar no agravamento de doenças como a pré-eclâmpsia, hemorragia grave no pós-parto e também infecções. Uma das razões também é a falta de profissionais adequados para esses procedimentos, que evoluem em hemorragias agudas, hipertensão arterial, infecções relacionadas à gravidez, complicações provocadas por abortos realizados em ambientes inseguros e condições subjacentes que podem ser agravadas com a gravidez (como HIV/aids e malária).

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