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Alemanha

A brutal repressão do governo Scholz aos atos pró-Palestina

A justificativa de Olaf Scholz e os nazistas na cúpula do Estado alemão é luta contra o antissemitismo, o que mostra que tal nada mais é que racismo contra árabes e palestinos

À medida que se intensifica o genocídio perpetrado por “Israel” contra os palestinos em Gaza e na Cisjordânia, aumentam também a revolta das massas em todo mundo contra o sionismo, que saem as ruas aos milhares, em especiais nos países árabes e muçulmanos, mas também nos principais países imperialistas, para onde grande parte do povo de tais países imigrou, em razão da destruição que o imperialismo fez recair sobre seus países.

Um dos países imperialistas se vê confrontado com mobilizações de massas em prol da Palestina é a Alemanha, onde há uma grande população de imigrantes turcos. Na Turquia, como se sabe, há uma forte presença da irmandade muçulmana, organização que está nas origens do Hamas, partido que lidera a resistência armada palestina na luta contra “Israel”. De forma que as manifestações na Alemanha tendem, desde o início, à radicalização.

Assim, mal começaram, e o governo imperialista e Olaf Scholz tratou de passar norma proibindo os protestos e mesmo o uso de símbolos do povo palestino, como a bandeira nacional e mesmo o tradicional lenço.

As proibições formais não foram suficientes para conter completamente as manifestações, de forma que o povo alemão e os imigrantes, naturalizados ou não, vêm saindo às ruas aos milhares, por todo o país, desde o dia 7.

Contudo, em razão das medidas proibitivas instituídas pelo governo de Scholz, a repressão do Estado alemão contra os manifestantes vem se intensificando a cada protesto, remetendo a situação política aos tempos ditatoriais da Alemanha Nazista.

No dia 30 de novembro, o canal de imprensa independente The Real News Network lançou um curto documentário expondo que, dentre os países europeus, a Alemanha (o seu governo imperialista) é o que está mais alinhada na defesa de “Israel” e da continuidade do genocídio de casa, defesa esta que, conforme dito acima, manifesta-se na brutal repressão das manifestações.

O documentário exemplifica a repressão citando o caso de Sonnenallee, uma rua na cidade de Berlim, localizada no bairro de Neukölln cujos moradores são predominantemente de origem árabe e turca.

Segundo Zaid Abdulnasser, coordenador da célula alemã do Samidoun, uma rede internacional de solidariedade aos prisioneiros palestinos declarou que em absolutamente todos os protestos que ocorreram em Berlim em prol dos palestinos, desde o dia 7 de outubro, houve repressão e agressões por parte da polícia alemã, inclusive com prisões arbitrárias de manifestantes. Tudo isto, frequentemente ocorrendo na rua Sonnenallee, qual é bloqueada por dezenas de viaturas policiais e centenas de agentes.

Na ocasião, o nível persecutório do aparato repressivo foi tamanho, que chegaram a montar mesas na própria rua para já formalizar a prisão das pessoas, conforme relatado por Zaid, no documentário da The Real News Network.

Qualquer semelhança com a forma com que as SA e SS em sua repressão ao movimento operário alemão, na década de 30, não é mera coincidência.

Chegaram inclusive a prender uma criança de dez anos, a qual foi imobilizada com o joelho e seu pescoço, conforme relatado por uma socióloga e ativista chamada Mattanja que estava de passagem e também foi presa, simplesmente por simplesmente ter dito “Palestina Livre!”:

Confirmando que a tal luta contra o antissemitismo não é nada além de demagogia para justificar o apoio do Estado imperialista alemão aos crimes de “Israel” contra os palestinos, até mesmo judeus estão sendo presos. No caso, uma idosa judia chama Iris Hefets também foi presa pela polícia alemã. A prisão da ativista membro da ONG Jewish Voice for Peace deu-se já no dia 14 de outubro, 1 semana após a ação libertadora da resistência palestina. O motivo? Estava simplesmente segurando um cartaz com os dizeres “Digo como um judeu e israelense: pare com o genocídio em Gaza”.

Uma clara violação ao direito democrático mais fundamental que existe, e que serve de pilar para todos os demais, o da liberdade de manifestação. O que demonstra de forma inequívoca que a Alemanha já se configura em uma ditadura, e caminha a passos largos em direção à ditadura fascista de outrora.

Mas não é só. Segundo Mohamed Al Hassan, advogado que representa muitas vitimas da perseguição por parte do aparato de repressão alemão, “no presente momento temos mulheres jovens, garotas, basicamente garotas que foram gravemente agredidas a ponto de irem parar no hospital com olhos roxos, ossos quebrados, costelas quebradas. Pessoas foram completamente espancadas, até mesmo sob custódia, após algemadas”.

Segundo um dos manifestantes declarou, “eu nunca me sinto segura quando a polícia está por perto, e não acredito que ela está aqui para nos proteger, mas para fazer cumprir a versão do Estado alemão de que a causa Palestina é uma causa antissemita, e isto é ultrajante e perigoso”.

E a repressão às manifestações, sob à justificativa cínica de combate ao antissemitismo, tem o apoio irrestrito da imprensa burguesa alemã, como era de se esperar. Ainda segundo levantamento feito no documentário do The Real News, o Axel Springer, uma das maiores imprensas alemãs, e igualmente uma das maiores da Europa, deixa expresso em seu sítio que um de seus valores centrais é o apoio à existência do Estado de “Israel”. Em outras palavras, uma corporação diretamente vinculada ao sionismo. É dona do jornal Bild, o de maior circulação na Europa, alcançando mais de 12 milhões de leitores diariamente.

Em suma, o Estado imperialista alemão, com o apoio da imprensa burguesa alemã e europeia, vem promovendo intensa repressão a todos aqueles que lutam pela justa causa do povo palestino por sua luta de libertação nacional contra a ditadura de “Israel”. Embora tal repressão não seja de hoje, ela foi intensificada depois do dia 7 de outubro, quando a Europa, Alemanha inclusa, foi tomada por mobilizações de massa em prol da Palestina. E a justificativa de Olaf Scholz e os nazistas na cúpula do Estado alemão é luta contra o antissemitismo.

O que demonstra que a tal luta contra o antissemitismo levada a cabo pelo imperialismo e seus lacaios nada mais é do que racismo contra os palestinos e os árabes, e uma tentativa de frear a luta palestina por sua libertação nacional.

Veja abaixo o documentário completo da The Real News Network:

German cops go ballistic on pro-Palestine protestors. Fascism returns?

 

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