“Nos pegou de surpresa a realização de um ato tão grotesco como este na abertura do CONUNE”.
Foi assim que Arthur Cesconetto, dirigente da Aliança da Juventude Revolucionária, classificou o ato em defesa do Projeto de Lei das “Fake News”, cujo relator é Orlando Silva (PCdoB-SP). O ato aconteceu ontem (12), com a presença de Flávio Dino, ministro da Justiça, e Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). “uma duplinha e tanto contra os direitos democráticos da população”.
O ato foi chamado pela UJS, PCdoB, antigo partido de Flávio Dino.
“O PL é uma tentativa não da esquerda, mas da direita, do imperialismo, da Rede Globo,de censurar tudo aquilo que não seja a política oficial da burguesia brasileira e do imperialismo no País”, disparou Cesconetto. “É uma tentativa de censurar e atacar toda a imprensa independente”.
O pretexto utilizado por setores de esquerda para defender o projeto é o fato de que a extrema-direita vem sendo atingida com a política de censura do Judiciário.
“Tudo bem, a extrema-direita é impopular em grande parte da população. Aí eles pegam algumas figuras da extrema-direita, mas o que de fato vai acontecer é a censura da esquerda. Os verdadeiros órgãos independentes que existem na esquerda, como o Diário Causa Operária, o Brasil 247, Brasil de Fato, entre vários outros que existem na internet. O próprio perfil do PCO foi derrubado por quase um ano pela censura do STF”.
A esquerda não tem nada a ganhar com o PL das Fake News.
“Esse PL das Fake News tem como único objetivo favorecer os órgãos de imprensa capitalista, principalmente a Rede Globo, que vai estar ganhando muito em cima disso, assim como aplicar uma censura generalizada a todos os órgãos independentes, principalmente o pessoal que não tem dinheiro, que é a esquerda, a juventude e tudo mais. Por isso, a AJR se coloca totalmente em oposição à PL”.