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7 de setembro

7 de setembro e a polarização política no País

Um dos assuntos do momento na grande imprensa capitalista são os atos do 7 de setembro, com especial foco nos atos de Brasília.

Um dos assuntos do momento na grande imprensa capitalista são os atos do 7 de setembro, com especial foco nos atos de Brasília. Essa imprensa faz toda uma campanha preparando o terreno para a terceira via.

Qual a voz da grande imprensa capitalista?

Segundo a grande imprensa capitalista haveria o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do Brasil teria oficiado o Governo do Distrito Federal (GDF), acerca da possibilidade de mobilizações contrarias ao governo federal. Existindo uma convocação para este ato no 7 de setembro mediante vídeos.

Na opinião da vice-governadora Celina Leão, não previsão de grandes atos, apenas atuação de “lobos-solitários”. No geral, o governo do distrito promete uma repressão mais ativa no evento, com um continente de repressão superior aos do 8 de janeiro, podemos ter certeza que a juventude trabalhadora sofrera mais.

Um ponto interessante foi o fato da imprensa frisa que a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não foram convidadas por Lula a participarem do ato. Há esforço da imprensa em passa um caráter neutro para os militares, afastando-os da identidade bolsonarista.

Há também uma justificativa para a defensiva de Lula, a imprensa faz todo um esforço para justificar a não polarização deste. Justificando que Lula não se pronunciara no ato, como fazia Bolsonaro. Demonstrando um viés de atuação da burguesia de desgasta o governo, para mitigar a reação ao futuro golpe.

Qual a posição de Lula?

Segundo o presidente Lula, em seu programa semanal Conversa com o Presidente no Canal Gov, “todo país do mundo tem na festa da independência, uma grande festa”, entretanto no Brasil tivemos 23 anos de regime autoritário, nisso “os militares se apoderaram do 7 de setembro”.

É, portanto, o desejo de Lula fazer “7 de setembro de todos” com o “apoio do Exército, marinha e Aeronáutica. Essa política do Lula de conciliação não é nova, lembrando antigos slogans do PT como “Vamos juntos reconstruir o Brasil” 2020, e “Vamos Juntos pelo Brasil” 2022.

“O que aconteceu no Brasil é que, como nós tivemos, durante 23 anos, um regime autoritário, a verdade é que os militares se apoderaram do 7 de setembro, [que] deixou de ser uma coisa da sociedade como um todo. O que nós estamos querendo fazer agora, com a participação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, é voltar a fazer um 7 de setembro de todos, ou seja, o 7 de setembro é do militar, do professor, do médico, é do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro quente, é do pequeno e médio empreendedor individual, porque é de todo mundo. É uma festa importante, que lembra que o Brasil conquistou a soberania diante do país colonizador”, afirmou Lula.

Não precisamos ressalta que essa política de conciliação é infrutífera. Com ela o PT foi impotente perante o golpe de Estado de 2016, prisão do Lula e todos os eventos posteriores. Por vias institucionais não há saída para o PT e a população. Foi a mobilização permitiu a soltura de Lula e sua recondução a presidência, e apenas essa pode garantir que o programa para o qual Lula foi eleito seja colocado em prática.

Tempestade em copo d’água

O Golpe de 2016, não foi totalmente desarmado, no Congresso, nos governos estaduais, nas prefeituras e câmaras municipais, estão nas mãos da direita ou do Centrão subordinado a esta. A vitória de Lula nas eleições de 2022 foi uma vitória popular e um grande derrota ao regime golpistas, mas não foi o suficiente para colocá-lo abaixo.

As manifestações de 8 de janeiro tinha como objetivo desmoralizar o novo governo, e realmente o fizeram, embora uma parte da esquerda tenha tomado aqueles atos sem militares ou controle das consequências, como um verdadeiro golpe de Estado.

Agora novamente vemos uma tempestade em um copo d’água, todas ações da direita e militarem apontam no sentido de desgaste político do Lula antes de concretizasse um golpe na esfera federal.

O maior risco ao governo é contínua dependendo do Congresso, onde não consegue aprovar nada, e das demais instituições que lhe são contrarias. A direita espera contínua forçando o governo a uma economia e outras medidas, ruim a população e assim desgastá-lo até a próxima eleição.

Masi um golpe ou movimentação maior nesta polarização estimularia o movimento da classe trabalhadora de forma temerária a burguesia. Não se realizar um golpe sem considerar as consequências e mitigar os danos.

A burguesia está utilizando os seus governadores para mobilizar prefeitos e intervir nas eleições de 2024. A orientação política neste sentido é clara, a burguesia que retomar o governo sem perde o controle da situação política.

Ainda mais polarizado

A tensão do momento, junto de todo o esforço da imprensa burguesa para passa uma neutralidade das partes na situação, demonstra que a polarização está ainda maior que nas eleições de 2022. O país continuar muito polarizado, havendo desconfiança quanto ao as garantias do regime.

O outro ponto óbvio é que o governo lula, com razão, não tem confiança nenhuma nas Forças Armadas do Brasil (FA). Não faltam motivos para a desconfiança de lula, são vários os casos de militares com acesso a ele, não apenas contrários ao seu governo, mas favoráveis ao golpe.

Sem contar com o histórico de cooperação dessas FAs com interesses externos ao do Brasil. Não de se estranha encontramos no comando dessas FAs oficiais que estão mais para agentes externos, a exemplo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mal-star e aflição

Sempre que se toca na questão das FAs, todos que tenha um nível mínimo de consciência do governo sentem um mal-estar, uma aflição diante a situação. É fato comum a quem tem o mínimo de discernimento, que pela via institucional que a situação estar quase a ruína, em razão dos militares.

Diferente do que à esquerda da Nuvem Rosa dos Ursinhos Carinhosos colocar, a situação não é a melhor para combate os militares. Pelo contrário, sem mobilização, com a classe operária em refluxo, a situação é favorável a reação.

Reforma das Forças Armadas

O que a esquerda deve discutir é como criar as condições para a reforma da FA, condições essas que o governo Lula não disponha no momento. Trabalhá a mobilização chamando os trabalhadores a criar as condições dessas reformas, como parte essencial de sua luta por melhores condições de vida, é a tarefa atual da esquerda.

Repetimos, Lula não tem condições de efetuar essas reformas e entre outras agora. Sem a mobilização mínima, Lula não conseguirá colocar o programa para qual foi eleito em prática, imagine altera a estrutura do Estado Burguês.

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