Segundo dados oficiais, 49 pessoas já morreram por conta das fortes chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o início deste mês. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, a 49ª vítima foi localizada no município de São Valentim do Sul, mas ainda não foi identificada.
Até o fechamento desta edição, não se sabe se a vítima consta na lista de desaparecidos ou não. Segundo a Polícia Civil, 10 pessoas ainda não foram encontradas, sendo quatro em Muçum, duas em Lajeado, uma em Arroio do Meio, uma em Encantado, uma em Roca Sales e uma em Santa Tereza.
O maior número de mortes está concentrado em Muçum, que já registrou 16 vítimas. Em segundo lugar, está Roca Sales, com 12 mortos, seguido por Cruzeiro do Sul (5) e Lajeado (3). No total, as chuvas atingiram 106 municípios gaúchos e impactaram cerca de 360.000 moradores. Destes, 4.855 foram desabrigados e 21.095 desalojados. Ainda segundo a Defesa Civil, 3.130 pessoas foram resgatadas e 943 ficaram feridas.
O caso é um claro resultado da política neoliberal aplicada por Eduardo Leite, que governa o estado desde 2019. Mais do que isso, o desastre causado pelas enchentes mostra que, diferente do que dizia parte da esquerda pequeno-burguesa na época das eleições de 2022, Leite não é o “mal menor”. É um direitista que está disposto a entregar todo o Rio Grande do Sul para a iniciativa privada, independente do que isso possa significar para o povo.