O Estado de Israel foi construído de forma artificial, com sua população sendo formada – pelo Departamento de Estado norte-americano – de judeus. Para conseguir expulsar os palestinos da sua própria terra, os sionistas precisavam atrair o máximo possível de pessoas para o enclave judeu e, dentre essas pessoas, estariam os chamados judeus etíopes, historicamente chamados de “Beta Israel”
Responsável pela devastação econômica no continente africano e das guerras que se sucederam diante dessa condição miserável, o imperialismo decidiu resgatar alguns africanos para levá-los a Israel durante a segunda guerra civil no Sudão em 1984.
Os judeus negros foram reconhecidos pelo governo de Israel como beneficiários da chamada “Lei do retorno”, segundo a qual qualquer judeu espalhado pelo mundo tinha o direito a morar no enclave imperialista do Oriente Médio. Diante da aceitação, a agência de espionagem israelense, o Mossad, montou uma operação para trazer esses judeus que estavam em meio à guerra civil do Sudão.
Essa operação, denominada de “Operação Moisés”, foi uma operação conjunta entre as Forças armadas de Israel, a CIA, a embaixada dos Estados Unidos na capital sudanesa, combatentes mercenários e forças de segurança do próprio Sudão e teve êxito em conseguir deslocar mais dezenas de milhares de judeus para tomar conta da terra dos palestinos.
Na operação, feita com o apoio do próprio governo do Sudão em oposição aos países árabes, cerca de 30 aviões foram operados, levando inicialmente cerca de 8 mil judeus etíopes para o enclave israelense.
Em 1985, o então primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, revelou o procedimento para a imprensa, o que fez com que os países árabes da região pressionarem o governo do Sudão a impedir a manobra, fazendo com que a mesma fosse temporariamente suspensa.
Posteriormente, a imigração dos etíopes para o enclave judeu continuaria por meio de outras operações.
Apesar de terem o direito à cidadania israelense reconhecido pelo governo de “Israel”, os judeus negros são tratados dentro do enclave israelense como cidadãos de segunda classe. Muitos são inclusive analfabetos e vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, funcionam como mão de obra barata para a elite israelense.