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Camilo Duarte

Militante do PCO e colunista do Diário Causa Operária. É formado em Física pela UFPB.

2024 promete

2024, um ano de lutas e muitas perspectivas de vitórias

O ano de 2024 abre novas perspectivas de vitórias para o movimento operário internacionalmente.

Nestes 22 anos que conheci o PCO, estive militando na esquerda, nas festas de finais de ano, sempre escuto dos companheiros mais combativos que abre-se um ano de luta. Sempre concordei com essa máxima, e completei que todo ano, todo dia é de luta para a classe trabalhadora, que luta todo dia pela sobrevivência enquanto é explorada.

Um ano especial

Entretanto, tenhamos certeza que 2024, será especial, além de um panorama de muitas lutas, é provável a ocorrência de vitórias históricas. Se o Vietnã, Afeganistão foram marcos históricos na política internacional, podemos dizer o mesmo da operação “Operação Al-Aqsa”, do desenvolvimento da resistência a ocupação sionista na Palestina e do provável desfecho da Guerra da Ucrânia.

Os acontecimentos de 2023 apontam para que o ano de 2024 e o futuro próximo sejam promissores para aqueles que lutam contra a exploração do imperialismo. Um ano não apenas de lutas, que serão muitas com certeza, mas de vitórias dos oprimidos contras seus opressores.

Animal moribundo

Um poder é questionado em sua fraqueza, o surgimento de oposições abertas contra o imperialismo, mesmo de países economicamente atrasados, expõe a fraqueza dessa dominação. Há algumas décadas seria impensável a resistência real de população com do Afeganistão e Palestina, perante o Golias norte-americano, entretanto, a picada aberta pelo Vietnã, hoje trona-se uma via atrativa a todos os oprimidos, que o digam os levante no Sahel e norte da África.

Todavia, o animal moribundo se faz desesperado. O imperialismo, para manter seu sistema de dominação posto em cheque, tende a ser cada dia mais belicoso. Não é porque agoniza, que o regime imperialista cairá sozinho, entregará as rédeas, pelo contrário, essa parte doente da sociedade, desumanizada, que não produz ou tem paixão, usara todos os artifícios disponíveis para se perpétua.

Sem rumo

Neste ano de 2023, algo que ficou transparente no cenário político foi a falência política da esquerda pequena-burguesa.

Vimos setores da esquerda apoiar a censura, com uma normatização da liberdade de expressão, abandonando uma bandeira histórica da classe operária. Setores da esquerda condenando aqueles que lutam contra o imperialismo, baseado apenas na propaganda imperialista.

Mesmo com a vitória popular que foi a eleição de Lula em 2022, o regime segue a cada dia sob maior controle da direita e a esquerda não em sua maioria não tem uma política para contornar a situação.

Unidade, na prática

Recentemente presenciei um sermão de um sheik, parte do povo árabe, que uma parte da esquerda condena por sua perspectiva “fundamentalista religiosa”. Antes da sua cerimônia o orador colocava o valor das atividades, ações práticas em benefício comum, acima das religiosas, sem consequências.

Esse trecho já colocou o sacerdote do islã mais próximo do materialismo do que os marxistas universitários, que veneram a escola de Frankfurt e não travam nenhum luta política. A ideia passada pelo sheik, termos as limitações culturais nessa comunicação, era simples, mas poderosa, para ele e sua comunidade, mais importante que a religião era cooperar com os oprimidos.

Isso é o básico quando falamos em uma frente ou unidade, independente da ideologia devemos considera as ações de cada em torno do objetivo comum. É algo que já atingiu o senso comum, mas aparentemente a esquerda pequeno-burguesa ainda não o compreende.

Riscos e oportunidades

É um risco para a classe trabalhadora brasileira o governo frágil, que não consegue concretizar o programa para o qual foi eleito. Uma derrota nesse momento pode deixar a classe operaria em dormência por um período ainda maior, a tomada do espaço político pela direita seria extremamente prejudicial ao movimento operário.

Todavia, a tensão que presente tender a colocar a classe operária em movimento, um erro de mão do imperialismo, pode fazer a situação sair do seu controle. A tendência natural em situações de desespero, como a que o imperialismo se encontra, é de errar e muito, fortalecendo nossas esperanças para o próximo período.

Maré favorável

Quando o movimento é contrario, mesmo acertando a condução, é comum colher perdas, a boa condução minimiza os danos e permite a perpetuação. Mas quando o movimento é favorável, mesmo errando, temos ganhos e a política correta pode ocasionar os melhores frutos.

Atualmente a situação é desfavorável ao imperialismo e favorável aos oprimidos por este. Mesmo com as limitações da esquerda, vemos um avanço da luta contra o imperialismo e a degradação do regime de dominação deste.

Esta é minha fé, fundamentada na interpretação mais objetiva possível dos fatos que tenho acesso. E é a esperança que tenho para mais um ano com lutas e vitórias.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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