Muhammad Ali, originalmente chamado Cassius Marcellus Clay Jr., nasceu em 17 de janeiro de 1942, em Louisville, Kentucky. Além de ser um boxeador de fama e habilidade inquestionável, é considerado também um dos maiores atletas da história.
Ali, filho de um pintor e uma doméstica, era o mais velho de dois irmãos e iniciou sua carreira logo cedo. Com apenas 12 anos de idade, conheceu aquele que viria a ser seu treinador Joe E. Martin, enquanto Joe atuava como oficial de polícia e encontrou Ali batendo em um ladrão que tentava roubar sua bicicleta. A partir de então, Joe começou a treinar Ali.
Sua mudança de nome foi feita aos 19 anos, quando Ali conheceu Elijah Muhammad, líder do movimento identitário negro “Nação Islã”, cujo a causa incluía o ódio racial e uma interpretação particular do islamismo. Ali se converteu ao islamismo e manteve contato com Malcom X durante determinado período de sua vida.
Além de uma carreira prodigiosa, vencendo diversas vezes títulos estaduais, nacionais e internacionais, Ali também manteve um cartel impressionante: apenas 5 derrotas e 56 vitórias, sendo 37 delas por nocautes.
Ali também viveu passagens curiosas, como quando se recusou a lutar pelos Estados Unidos da América na guerra do Vietnã e teve seu título revogado pela AMB (Associação Mundial do Boxe), e pouco tempo depois esteve no Brasil, em 16 de setembro de 1971, como narra o livro “Muhammad Ali: o boxe como arte e promoção pessoal”, de Alberto Helena Jr.
Durante sua jornada pelo Brasil e demais países da América Latina, Ali fez eventos de exibição e lutou, chegando até a ser nocauteado. Obviamente, é muito discutido o quanto de fato Ali estava dando de si, demonstrando também enorme esportiva para com seus colegas atletas.
Tempos após isso, em 1975, o mundo viu o que ficaria conhecida como a luta do século, protagonizada por Muhammad Ali e Ben Frazier. O duelo foi o terceiro combate entre ambos os pugilistas, afim de desempatar o placar entre ambos e definir o portador do cinturão dos pesos pesados. Um combate duro, em que a temperatura no ringue estava estimada em 50º por conta da iluminação e do clima das Filipinas, local onde a luta ocorreu. Ali relatou que chegou a perder 2kg durante a luta por causa da desidratação, mas no final, saiu vitorioso. Outro combate marcante de Ali foi seu confronto com Foreman.
Tomado pelo mal de Parkinson, Ali morreu aos 74 anos, nos Estados Unidos da América, no dia 3 de junho de 2016, imortalizado por seu legado como boxeador.