No dia 14 de março de 1978 instalou-se uma zona de tampão no sul do Líbano a fim de se proteger de ataques de combatentes palestinos, e fazer uma zona de segurança chegando até o rio Litani. O objetivo era acabar com bases da OLP (Organização da Libertação da Palestina) e esse episódio foi chamado de Operação Litani, que causou 18 mortes de militares do lado israelense e 300 a 500 mortes de militares do lado libanês, bem como 1.186 vítimas civis mortas. Essa operação completou seu êxito militar por conseguir de fato expulsar a OLP do sul do Líbano por algum tempo até a FINUL aparecer, e antes do recuo tático em 15 de junho de 1978 os israelenses puseram em seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL. Logo em seguida, com a crescente dos protestos libaneses, o Conselho de Segurança da ONU exigiu a retirada das tropas israelense adotando as resoluções 425 e 426 criando também a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL). Por mais que tenha tido sua importância, a FINUL não conseguiu desmoralizar as forças israelenses, que continuaram nessa região por mais 22 anos.
A Operação Litani marcou uma reaproximação entre Síria e OLP, que estava abalada pela intervenção síria a favor da extrema-direita libanesa na primavera de 1976, mas também não durou. Esta aliança, porém, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelense.
Um artigo da CNN Brasil de 2022, conta como a organização política “Hezbollah” taxada de grupo terrorista pelos Estados Unidos ganhou força e espaço através dos anos. “O movimento surgiu em 1982 como resposta à invasão de Beirute por Israel durante a sangrenta guerra civil do Líbano. Os israelenses cumpriram o seu objetivo de expulsar combatentes palestinos do país, mas colheram como resultado um inimigo mais forte no Hezbollah. O novo regime do Irã enxergou o grupo como um aliado adequado, tanto devido à mesma ideologia xiita quanto pela posição do Hezbollah no coração do mundo árabe. O país começou, então, a fornecer financiamento e treinamento ao grupo logo após a sua criação. Desde então, o Hezbollah se expandiu, inclusive militarmente. Em 2000, as forças israelenses se retiraram do sul do Líbano após um prolongado conflito com o grupo. Em 2006, o grupo manteve suas posições numa guerra contra Israel, quando Israel procurou desarmá-lo. Durante a guerra civil da Síria, o grupo interveio com sucesso em nome do presidente Bashar al-Assad e ajudou a reforçar as suas defesas após o ditador ter reprimido com violência uma revolta popular.” diz Adam Pouramadih, Jornalista da CNN.
É necessário enxergar e exaltar a guerra de libertação nacional travada por Hezbollah contra a frente israelita que, inclusive, apoiou o massacre de Sabra e Chatila em 1982. O massacre de refugiados civis palestinos e libaneses pela milícia maronita como retaliação da morte do líder falangista Bachir Gemayel. O evento ocorreu nos campos palestinos de Sabra e Shatila, situados na periferia sul de Beirute, área que se encontrava então sob ocupação das forças armadas de Israel