O governador de Minas Gerais, reeleito nas eleições deste ano de 2022, Romeu Zema (Novo), em entrevista para a Folha de S.Paulo, afirmou que um dos principais pontos de sua administração será agilizar os planos de concessões e privatizações de estatais, como a Cemig, companhia de energia do estado.
A aprovação de parte desses projetos passa pela Assembleia Legislativa, onde Zema teve problemas nos últimos anos e onde ele não tem uma maioria. Além disso, o governador terá que ter um diálogo com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito e que assumirá o poder no país daqui a poucos dias. Vale lembrar que o direitista apoiou Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral deste ano e não poupou críticas ao PT, que não se mostra favorável à política de privatizações.
“Fico impressionado como, quando você encontra a solução, vem alguém contrário. E infelizmente parece que essa é a linha do PT. É não querer que as coisas que não sejam deles deem certo”, afirmou Zema sobre a decisão do PT em adiar o processo de concessões.
Além da Cemig, o governo do estado de Minas Gerais prevê a privatização de empresas como a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Copasa e Gasmig.
Zema é o político do Partido Novo que conseguiu ir mais longe na administração pública — dois mandatos como chefe do terceiro estado mais importante do País. Até agora, já mostrou que o Novo não tem nada de novo: é o velho PSDB, defensor da repressão e da entrega do patrimônio público.