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7 de setembro

Viva os 200 anos da independência do Brasil!

Acontecimento mais importante da história nacional deve ser exaltado e comemorado pelo povo

Hoje, dia 7 de setembro de 2022, o maior acontecimento de toda a história brasileira completa seu bicentenário. Estamos falando, é claro, da Independência do Brasil.

Apesar de toda a campanha contra o legado nacional, a Independência do Brasil representa um marco no desenvolvimento do País sem precedentes, inclusive, em toda a América Latina. Finalmente, o Brasil foi o maior país colonial a conquistar a sua independência, um mérito que demonstra a grandiosidade do feito em questão.

Um processo revolucionário

Parte do revisionismo histórico acerca da Independência consiste na tentativa de fabricar o quadro de que se tratou de um processo pessoal, ou seja, centrado na dependência da figura de D. Pedro I. Nesse sentido, procuram mascarar tudo que antecedeu a proclamação, inventando calúnias – literalmente escatológicas – que buscam, antes de tudo, desmoralizar a história de nosso País.

Afinal, quem nunca escutou o grotesco conto de que, na realidade, no dia da Independência, D. Pedro I teria defecado às margens do Rio Ipiranga em decorrência de um mau no estômago? Uma falsificação histórica que ataca diretamente a histórica cena em que está empunhando seu sabre montado em um corcel.

Muito pelo contrário, a Independência do Brasil veio de um longo processo revolucionário completamente atrelado ao desenvolvimento econômico e político de nosso território. Algo que, consequentemente, está completamente atrelado à participação popular que, assim como em qualquer processo histórico, teve um peso decisivo na sua concretização.

1822: a culminação de um processo revolucionário

Um desafio de proporções continentais

Um dos principais fatores que mostra o imenso sucesso da Independência do Brasil é justamente a sua constituição territorial. Afinal, trata-se do maior país, de longe, da América Latina. Ou seja, é um fator que torna qualquer processo nacional muito mais complexo do que se fosse feito, por exemplo, na França, que possui 6% do tamanho do território brasileiro.

Por esse motivo, fica evidente que não poderia se tratar de uma ação que partiu de apenas uma pessoa. Afirmar isso significa negar todo o materialismo histórico e, de maneira geral, toda e qualquer análise concreta acerca da formação de nosso País.

A própria construção do Brasil dependeu, fundamentalmente, de seu povo. Finalmente, foram os bandeirantes os principais responsáveis por desbravar os territórios ainda desconhecidos e marcar presença nos quatro cantos do Brasil por meio de expedições verdadeiramente heróicas. Foi um trabalho que, além de tudo, estabeleceu precedentes jurídicos durante as negociações dos chamados Tratado de Madri e Tratado de Tordesilhas, negociações que, de maneira acachapante, definiram os principais limites do território nacional.

Uma questão de classe

Outro aspecto importante do processo da independência diz respeito ao seu caráter de classes. Fundamentalmente, a ordem política vigente nos países mais importantes do mundo daquela época, ou seja, a Europa, sofria abalos avassaladores que iam na direção do progresso, rumo ao fim do absolutismo.

Em 1789, na França, ocorria a Revolução Francesa que, como caracterizou Marx, representou a última das grandes revoluções burguesas. Esse acontecimento não só modificou completamente as estruturas sociais da França, como também da Europa e, além disso, de todo o mundo. As ideias da revolução se espalharam por todo o globo, ao passo que, no início da década de 1820, em Portugal, setores avançados da burguesia realizaram a Revolução do Porto.

Ou seja, em Portugal, já havia uma tendência muito forte ao progressismo que, naquele momento, na maior parte dos países, tomava a forma da luta contra o absolutismo e pelo estabelecimento de um regime constitucionalista. Estabelecia-se, portanto, uma polarização entre uma classe reacionária e uma classe revolucionária, polarização que se alastrou até o Brasil.

As contradições provenientes deste quadro resultariam justamente na Independência do Brasil, levada adiante por setores mais avançados da coroa portuguesa em conjunto com os setores mais avançados da sociedade brasileira, incluindo o próprio governo de D. Pedro I.

Curso contará a história da maior mobilização popular do Brasil

Um legado que desafia as maiores potências do mundo

Então, desde sua independência, o Brasil foi palco de avanços impressionantes e, efetivamente, se estabeleceu como uma forte economia no mundo que impunha respeito até mesmo às grandes potências a partir do século XIX.

E mais: esse é o caso até os dias de hoje, uma vez que esse processo deixou frutos importantíssimos para o povo brasileiro, como é, primeiramente, o caso de nossa extensão territorial.

Afinal, mesmo sendo um país atrasado, o Brasil sempre teve uma das maiores economias do mundo, bem como um dos maiores exércitos do mundo. Estabeleceu-se, nesse sentido, como um colosso latino-americano que preocupa até mesmo os Estados Unidos, a maior potência já vista em toda a história.

Por isso, o imperialismo tenta, de todas as formas, atacar e desmantelar o Brasil. É o que ocorreu durante o golpe contra Getúlio Vargas, na Ditadura Militar de 64 e, mais recentemente, no golpe contra Dilma Rousseff em 2016 e a consequente prisão de Lula. Foram episódios que tinham, fundamentalmente, um único objetivo, que é o de entregar o patrimônio nacional principalmente aos Estados Unidos.

Agora, está em marcha uma continuação dessa operação que, ao que tudo indica, tem como cerne a Amazônia, uma das maiores fontes de riquezas não só do Brasil, mas de todo o mundo. Legado que nos foi deixado, justamente, pelo processo de Independência do País.

Todavia, apesar de todas as sabotagens recorrentes dos setores mais atrasados das classes dirigentes do País, o Brasil continua sendo um país independente e importante. Tudo graças ao estrondoso sucesso de D. Pedro I e do povo brasileiro que, em 7 de setembro de 1822, tomaram para si o futuro de nossa nação em uma verdadeira revolução contra o Velho Mundo.

Independência ou morte - parte 2 - Marxismo, com Rui Costa Pimenta nº 56 - 05/09/22

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