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Império Tropical

Universidade Marxista retoma curso sobre a História do Brasil

A primeira aula do Módulo 2 do curso "Brasil: uma interpretação Marxista de 500 anos de história" já ocorreu. Confira seus principais tópicos

Nesta última terça-feira (26 de julho), teve início o Módulo 2 do curso “Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de história”, como parte da 49ª edição da Universidade Marxista, a principal atividade de formação política do Partido da Causa Operária e a maior de toda a esquerda nacional.

Diferentemente do Módulo 1, que tinha um caráter mais intensivo, as aulas do Módulo 2 irão ocorrer uma vez por semana. Serão cerca de 30 horas de aula no total, dividido em 15 aulas de 2 horas cada uma. Quem quiser acompanhar ao vivo deve entrar no sítio da Universidade Marxista todas as terças-feiras, às 18h30.

O curso desta edição trata da História do Brasil, procurando apresentá-la sob o ponto de vista da análise marxista, algo totalmente inédito. Nesta etapa do curso, cujo título é “O Império Tropical”, será analisado o período de cerca de 70 anos do Brasil Império. Acontecimentos como a vinda da Família Real Portuguesa para o Rio de Janeiro, a Abolição da Escravatura e a Independência do Brasil serão vistos e os companheiros que acompanharem o curso poderão constatar que são temas muito mal compreendidos pela esquerda e pela própria historiografia tradicional.

Todos os acontecimentos históricos deste período serão estudados com a finalidade de compreender a formação e consolidação do Estado Nacional brasileiro. Ao contrário da proposta de certos identitários, de que a história do Brasil deve ser contada desde antes do Descobrimento, procurando mostrar toda a história do índio, o PCO tem a concepção de que a história deve ser contada pelos seus acontecimentos principais, e sempre se utilizando da metodologia marxista para a análise.

Isso ocorre porque um dos principais propósitos de um partido revolucionário ao estudar a história de um determinado país é utilizá-la como elemento para a compreensão do que ocorre hoje. É preciso, portanto, que o estudo seja preciso e que os fatos sejam bem estabelecidos. Não é possível estudar história através de concepções pré-estabelecidas, e descoladas da realidade, como fazem muitos no Brasil. Além disso, é preciso derrubar todos os absurdos colocados pelos identitários, a reboque do imperialismo, a respeito da história brasileira

A primeira aula teve como tema a Revolução Francesa e seu impacto no Brasil de então. Foi justamente a Revolução Francesa que fez a Família Real de Portugal se mudar para o Brasil. Essa transferência da família real de um país colonial europeu para uma de suas colônias nas Américas era algo sem precedentes naquele momento histórico. Esse acontecimento trouxe uma série de mudanças para a sociedade aqui e foi a causa principal da própria Independência.

Marx costumava dizer que as revoluções são a locomotiva da História, da mesma forma que a guerra, que tem os mesmos efeitos de uma revolução. As revoluções são responsáveis por mudanças profundas na sociedade.

Isso é ainda mais verdadeiro no caso da Revolução Francesa, que foi um dos acontecimentos mais importantes da história.

Segundo Marx, as revoluções burguesas se dividiram em três grandes etapas:

Primeiramente, a revolução nos Países Baixos, contra a Espanha, que teve um impacto regional.

Depois, foi a Revolução Inglesa, de 1640, que teve um impacto no continente europeu

E, por fim, a Revolução Francesa, que teve impacto universal, ou seja, atingiu todos os países daquela época, alterando os seus regimes e funcionamento.

O período da Revolução Francesa propriamente tem a duração de cerca de 100 anos, começando em 1789 com a Queda da Bastilha e terminando em 1871 com o levante da Comuna de Paris. A partir de 1871, o capitalismo atinge seu apogeu e, logo, começa a sua queda, que dura até os dias de hoje, e é marcada pela Revolução Russa, de 1917.

A revolução foi preparada durante todo o século XVIII, não foi um raio em céu azul. Naquele momento, a nobreza já era uma classe dominante decadente e parasitaria. É a burguesia a classe social mais dinâmica da sociedade.

Em maio de 1789, Luís XVI, rei da França, para buscar uma solução para as crises econômicas em que o país estava mergulhado, convocou a Assembleia dos Estados Gerais, para discutir esse tópico. Os Estados Gerais eram formados pelos 3 “estados” da época: nobreza, clero e o terceiro estado, categoria que continha a burguesia, os artesãos e o povo francês propriamente dito.

A reunião tinha tudo para ser uma farsa. um determinado tema era colocado pelo rei, os estados deveriam então se separar para discutir o tema em reuniões isoladas e, posteriormente, a votação seria feita, mas cada um dos estados gerais teria direito a apenas um voto, não importando a quantidade de pessoas que os compusesse. O terceiro estado, mais numeroso e representativo do povo, acabava sendo o menos representado, por isso.

No entanto, naquele momento, a burguesia estava decidida a impor algo totalmente subversivo para aquela reunião. A exigência era que os temas fossem debatidos por todos os presentes em plenária, e não de forma isolada, e que a votação fosse contada por cabeça. Essa exigência escandalizou o rei e a nobreza, que procuraram dispersar a reunião. Esse conflito levou a todos os acontecimentos posteriores, que acabaram desembocando na tomada da Bastilha no dia 14 de julho, marco inicial da Revolução.

O companheiro Rui, em sua explicação, também tratou de toda a preparação para a Revolução Francesa ocorrida ao longo de todo o século XVIII. Um aspecto dessa preparação foi justamente a questão intelectual. Através do iluminismo, a burguesia procurou botar abaixo toda a ideologia e todas as ideias do regime monarquista de então. Além disso, havia também os aspectos econômicos, com todas as crises pelas quais passou a França na época, e o aspecto político, com a decadência da aristocracia francesa.

Estes são apenas alguns dos acontecimentos tratados pelo companheiro Rui na aula 1 deste Módulo 2 que se iniciou. Para acompanhar toda a aula, basta se inscrever no curso, acessando universidademarxista.pco.org.br. O curso já começou, mas ainda dá tempo de fazer sua inscrição e participar desta atividade, que terá como objetivo demonstrar a realidade sobre a História do Brasil.

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