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The Grayzone

Uma rede mundial de contrainformação disfarçada de jornalismo

Matéria publicada no The Grayzone expõe como isso que chamam de grande imprensa não passa, muitas vezes, de aparatos estatais de fake news

mapa mental

Matéria no sítio The Grayzone esmiúça um comportamento no jornalismo britânico, o também chamado “Quarto Poder”, que está longe de ser um caso isolado. A presença de jornalistas engajados nos serviços secretos nos órgãos de imprensa deve ser entendida como uma prática comum em todos os países.

O “resumo da ópera” é o seguinte:

– Foram vazados e-mails de Paul Mason, um jornalista de celebridades, que mostravam seu trabalho em conjunto com Andy Pryce, da Unidade de Contra-desinformação e Desenvolvimento de Mídia do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (CDMD). Essa unidade sempre foi blindada e seu funcionamento escondido desde seu início por motivos de “segurança nacional”;

– Mason e Pryce planejaram um projeto de guerra de informação;

– Mason lançou o projeto “Putin Proxy Watch”, assessorado por especialistas de guerra da informação para atacar “maus atores”; em outras palavras, qualquer um que não se pusesse abertamente contra o presidente russo ou sua política;

– Paul Mason militou pela suspensão da Lei de Difamação no Reino Unido, para estrangeiros, para poder difamar determinadas pessoas ou entidades e ao mesmo tempo usar de sensacionalismo para expor as “atrocidades russas”;

– Mason elaborou um projeto de “falsa bandeira” com “vozes negras e asiáticas” contra pessoas negras etc., que se opusessem à política de bucha de canhão de Zelensky, dando a entender que esses ataques viriam ou seriam apoiadas por entidades de defesa da igualdade social;

– Paul Mason recebeu uma lista da pesquisadora Emma Briant com alvos esquerdistas, na qual incluía o canal independente Declassified UK. E ficou exposta a participação de Mason no ataque da BBC à Stop The War Coalition.

Coincidência…

No Reino Unido, o CDMD é formado por agentes de inteligência sob uma certa “Doutrina de Fusão” da Grã-Bretanha que visa fundir todas as “alavancas” do governo para melhorar, ou dar suporte, aos objetivos econômicos, segurança etc. A função primordial das agências de espionagem seria combater a “desinformação”.

Será mera coincidência que no Brasil, e demais países, haja uma esforço para combater as chamadas fake news, ou notícias falsas? Por aqui, essa iniciativa cabe principalmente ao STF. Todos sabemos que a grande imprensa, quem mais produz notícias falsas, está a salvo da sanha do Supremo. O PCO, que se notabilizou por denunciar o golpe e as arbitrariedades do Judiciário, está justamente sendo alvo de um inquérito que combate as fake news. Inquérito, aliás, que só ficou sabendo por meio da Revista Veja, uma verdadeira usina de mentiras que age livremente.

Os tentáculos

No início de junho, o The Grayzone mostrou como o jornalista britânico Paul Mason planejava uma guerra total contra acadêmicos, imprensa independente, ou qualquer órgão que fosse anti-imperialista, ou se opusesse ao expansionismo da Otan.

O trabalho de Mason não se restringia ao Reino Unido, ele operava por meios secretos e células espalhadas por toda a Europa e América do Norte. Aqui, fica a pergunta: esses jornalistas de celebridades, como Mason, que promovem ou difamam certas pessoas, estão agindo espontaneamente ou podem estar ligados a uma rede secreta de espionagem e contrainformação?

Os e-mails vazados mostram que esse serviço é composto por acadêmicos, especialistas políticos e oficiais de segurança que trabalham contra China, Rússia; como também contra figuras como Jeremy Corbyn, do trabalhismo inglês, e Julian Assange, cofundador do WikiLeaks; grupos nacionalistas, ativistas antiguerra e assim por diante.

Em março, Andy Pryce contatou Paul Mason para a criação de uma organização civil, o que foi inspirado por um “amigo ucraniano”. Seu nome seria “Brigada Internacional de Informação” (IBB).

Pryce é o sujeito que se gaba de ter planejado a proibição do YouTube de “coisas russas”. Estava trabalhando em “estreita colaboração” com as bigtechs, para a rápida remoção de “desinformação”.

As redes sociais, como cansamos de dizer, são praticamente órgãos governamentais, não empresas privadas. Ademais, tratam de manipular a opinião pública, não informar, como costumam dizer. Tudo aquilo que não está de acordo com certas políticas de Estado são apagadas ou simplesmente marcadas como tendenciosas, como mentiras.

“Financiamento

Um e-mail do dia 8 de abril entre Mason e Emma Briant mostra que eles discutiram solicitar financiamento da Open Society, do magnata envolvido em diversas revoluções coloridas, George Soros. Já denunciamos como aqui no Brasil agem esses financiamentos. Um dos expoentes é o Instituo IREE, no qual trabalha Guilherme Boulos, que tem ligação com a Global Americans – leia-se NED (CIA). Durante o governo Dilma, movimentos como o Não Vai Ter Copa receberam aporte dessas “fundações” internacionais que nada mais são que fachadas da CIA e visam a desestabilização de governos.

Visite o sítio do The Grayzone para ter acesso aos e-mail vazados e seu conteúdo (em Inglês). A matéria expõe que existe em andamento todo um aparato que congrega desde redes de espionagem, jornalistas, até ONGs e as grandes plataformas de redes sociais. Tudo para evitar que as pessoas tenham acesso à informação.

Aqueles que dizem estar “combatendo as fake news” estão fazendo exatamente o contrário. Não é à toa que o STF tenta calar o PCO, o partido que tem a imprensa de esquerda mais antiga e ativa. Esse tipo de imprensa é responsável por desmascarar as sabotagens que o movimento operário vem sofrendo dentro da própria esquerda. Denuncia golpes contra a classe trabalhadora e, por isso, a direita o combate.

Nesse sentido, é importantíssimo apoiar a imprensa de esquerda como a que o PCO pratica. É a única garantia de manter a classe trabalhadora ciente do que tramam seus inimigos, todos ligados, de algum modo, ao imperialismo.

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