Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) revelou hoje (14), um em cada oito pessoas vivem em situação precária e desumana em favelas ou casas inadequadas.
A pesquisa trouxe um outro dados mais alarmantes, que estipula um crescimento populacional ainda maior nessas regiões precárias. A ONU prevê também que amanhã (15), chegaremos a 8 bilhões de pessoas no mundo.
A organização define como uma “casa precária” se ela for feita de materiais pouco resistentes, não conta com acesso adequado a água potável e esgoto e abriga mais de três pessoas por cômodo.
Esse problema estaria sendo resolvido, com índices diminuindo, em 2000 , 31,2% dos moradores do planeta que viviam em cidades estavam sob essas condições. Depois de 20 anos, o percentual caiu para 24,2% —na América Latina, a queda foi maior, de 31,9% para 17,7% nesse período.
A pesquisa revela que a maior parte do crescimento das cidades se dará no chamado Sul Global, que reúne América Latina, África, Oriente Médio e Sudeste Asiático.
“A gente acha que há um crescimento desordenado [das cidades] e que isso é algo inexorável. Não. O problema é entender que a ordem é essa. Há um crescimento de baixa qualidade, em regiões sem infraestrutura, devido ao preço da terra”, aponta Valter Caldana, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.