Ao longo de oito anos, para dar e consolidar o Golpe de 2014 na Ucrânia, o imperialismo organizou para que o país se tornasse um verdadeiro celeiro de nazistas. Não se tratam de nazistas de mentirinha, ou pessoas inocentes acusadas de nazismo, como foi o caso do youtuber Monark no Brasil, são na realidade verdadeiros nazistas assassinos, herdados direto da tradição alemã. As provas disso não estão apenas nos assassinatos criminosos da população, na bandeira praticamente idêntica a de Hitler, mas também, no polo mundial de exportação e importação de nazistas que a Ucrânia se tornou.
Como qualquer organização nazista, o Batalhão Azov e as forças militares ucranianas se fortaleceram e chegaram ao poder pelo investimento do imperialismo. Para dar o golpe de 2014, o imperialismo precisou recorrer a forças nazistas para tomar o poder e, assim, financiou, treinou e armou milícias herdeiras de Stepan Bandera, líder dos colaboradores de Hitler na II Guerra Mundial na Ucrânia. Vale lembrar que esses grupos existiam, pois a Ucrânia foi um dos primeiros países invadidos pelos alemães durante o ataque à URSS. Somado a isso, as revoluções coloridas também financiadas pelos imperialistas norte-americanos tornaram o golpe possível.
Desde 2014 até hoje, as milícias do Batalhão de Azov, vinculadas ao Ministério do Interior da Ucrânia, exercem oficialmente a função de guarda nacional no país. Além do uso de uma adaptação da suástica, fazem saudação romana e perseguem comunistas e antifascistas em geral. É um grupo treinado e financiado pela CIA que cometeu diversas atrocidades como torturas, chacinas, além da perseguição contra minorias étnicas russas, finalmente, ele foi responsável pela morte de mais de 12 mil pessoas na região do Donbass.
Os nazistas controlam até mesmo uma boa parte do parlamento e estão presentes no governo, sem contar com as milícias preparadas para garantir que apenas suas demandas sejam atendidas. Antes dos Russos invadirem o território e defenderem Donetsk e Lugansk, grupos, partidos, milícias e batalhões armados nazistas ainda patrulhavam as ruas da Ucrânia e estavam na linha de frente das agressões no Donbass.
Sendo assim, como o imperialismo está com a política de promover a extrema-direita no mundo todo (como no Brasil, Venezuela, Colômbia, etc), ele usou a Ucrânia como um quartel general desses fascistas, muitos, inclusive, foram treinar no país. Lembra-se aqui dos discursos bolsonaristas que falavam em “ucranizar o Brasil”, ou da própria bandeira ucraniana utilizada como adereço ao lado dos nomes de usuários em plataformas como o Twitter e manifestações bolsonaristas. Para mais, a famosa militante da extrema direita Sara Winter fez parte por alguns meses do grupo feminista Femen, de origem ucraniana. Na época, ela foi presa mais de 20 vezes e viajou sozinha para a Ucrânia.
Agora, muitos mercenários fascistas estão a caminho da Ucrânia para lutar nas milícias nazistas e com o batalhão Azov. Zelensky, inclusive, liberou o visto para qualquer um que se juntasse na luta contra os Russos. De acordo com o próprio serviço de inteligência russo, nas últimas semanas a Polônia teria se tornado o “centro logístico” para fornecimento de armas e combatentes à Ucrânia, incluindo do Oriente Médio. A inteligência de Moscou informou ainda que terroristas, preparados para atuar em Donbass, teriam recebido treinamento em Al-Tanf, uma base na Síria controlada pelos EUA.
Pode-se dizer, além disso, que na prática, as tropas da OTAN treinadas em bases militares dos EUA no mundo inteiro, são tropas preparadas para cometer ações nazistas e genocidas em qualquer lugar do mundo. Para atacar os países oprimidos, o imperialismo não abrirá mão dos métodos mais criminosos e assassinos. Um bom exemplo disso é que as próprias forças armadas ucranianas estão usando métodos já proibidos em qualquer guerra. Como forçar, à pena de morte, pessoas a lutar contra os russos, ou mesmo, utilizar armamentos químicos que causam dores brutais aos inimigos.
Mesmo assim, os russos estão liquidando com muita profissionalidade as forças armadas ucranianas. Isso acontece pela gigantesca crise em que se encontra o imperialismo. E ainda, pela baixíssima adesão à guerra por parte dos ucranianos, a maioria está fugindo do País ou se recusando a lutar em defesa dos golpistas. Sendo assim, as posições do imperialismo nos portões da Rússia estão em xeque. Mas os nazistas do mundo inteiro, treinados e financiados pelos EUA e pela Ucrânia, estão a caminho para tentar impedir a ação russa.
A esquerda precisa dar seu total apoio à ação russa na Ucrânia. Trata-se de uma defesa exemplar para todos os países oprimidos, que lutam diariamente com os verdadeiros fascistas e nazistas, os donos do mundo, os países imperialistas. Defender os nazistas ucranianos, defender a OTAN assassina, é um erro gravíssimo, especialmente para aqueles que se dizem de esquerda.
É preciso levar a luta contra o nazismo a sério, os nazistas existem e não são como Monark. A autodefesa da Rússia contra o imperialismo e sua investida nazista na Ucrânia deve ser tida como exemplo para todos os povos oprimidos.
