Na última quinta-feira, dia 10 de fevereiro, foi retomado o plano capitalista de impor uma “revitalização” do centro de São Paulo em defesa da especulação imobiliária. Para isso uma mega operação de repressão com armamento pesado e cavalaria, sob o argumento de operação contra tráfico de drogas prendeu no mínimo 15 pessoas e levou o terror a centenas de pessoas na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
A ação, realizada em conjunto pelas polícias Civil, Militar e Guarda Civil Metropolitana, foi a 5ª fase da Operação Caronte, que sob a orientação do fascista João Dória, continua a seguir a receita norte americana de tratar dependentes químicos, com a força do fuzil. Na operação cerca de mil pessoas ficaram sentadas no chão, sob a mira de fuzis de policiais.
Para justificar o suposto objetivo da PM, que estava “amparada” por 18 mandados de prisão determinados pela Justiça, foram detidas 15 pessoas, sob a alegação de crimes de tráfico de drogas, formação de organização criminosa e receptação de celular.
A região central de São Paulo vem sendo palco de medidas fascistas tomadas nas últimas décadas últimos meses pelo governo do Estado e na última ação com todo o apoio da guarda fascista da prefeitura municipal. Há anos a burguesia e seus governos reprimem a população pobre e de rua no centro de São Paulo e outras regiões como a Avenida Paulista, onde há anos rampas com piso áspero na passagem subterrânea entre duas avenidas em São Paulo (Paulista e Dr. Arnaldo) foram lá colocadas, assim como pedregulhos pontiagudos embaixo de viadutos impedindo que moradores de rua lá se abrigassem, situação que levou até mesmo o Padre Júlio a de enxada na mão ir ao viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida fica na zona leste de São Paulo, no bairro do Tatuapé, local que abrigava moradores em situação de rua e a arrancar os pedregulhos na defesa dos pobres.
Os ataques aos trabalhadores que se encontram no centro são coordenados pela política fascista de Dória e do Prefeito Ricardo Nunes, com apoio da justiça impondo dezenas de reintegrações de posse de prédios ocupados por integrantes do movimento dos sem-teto, intensificação da fiscalização, apreensão e expulsão de vendedores ambulantes, tentativa de expulsar catadores de lixo para fora do centro e até mesmo desapropriação de imóveis na área da Cracolândia, assim como há anos políticas de concessão de incentivos fiscais são realizadas às grandes empresas que lá se instalarem. Sob o pretexto da revitalização, a expulsão da população pobre do Centro tem um nítido processo de “higienização social”.